Fonte: Randon
Com demanda fragilizada e dentro de um cenário econômico nacional sem previsibilidade de melhorias no curto e médio prazos, a Randon S.A Implementos e Participações registrou no primeiro semestre de 2015 uma receita líquida consolidada de R$ 1,4 bilhão, queda de 27,7% em relação a igual período de 2014, após ter experimentado, no segundo trimestre deste ano queda semelhante de 27,6% (R$ 734,7 milhões), comparativamente a abril/junho do ano passado.
Comportamento semelhante teve a receita bruta total, incluindo as vendas entre empresas, que somou R$ 1,0 bilhão no segundo trimestre de 2015 ou queda de 29,4% em relação ao mesmo período de 2014 para alcançar R$ 2,0 bilhões neste primeiro semestre de 2015, 30,5% inferior quando comparado a igual período de 2014. O lucro líquido consolidado de janeiro a junho de 2015 ficou em R$ 832 mil, o que representa uma margem líquida de 0,1% contra R$ 129,7 milhões no primeiro semestre de 2014.
Para o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Geraldo Santa Catharina, além do rigor na gestão de custos, a estratégia para enfrentar com menores perdas o atual momento está na diversidade entre portfólio de produtos, mercados de atuação e geografia. “Afetados pela dinâmica do mercado de veículos comerciais, os negócios ganham impulso adicional em linhas menos tradicionais, como os equipamentos ferroviários, exportações e serviços financeiros”, ilustra. Ele lembra que todos os processos de adequação e busca de competitividade já implementados ao longo de 2014 e no primeiro semestre deste ano sinalizam reforço nos indicadores de rentabilidade e resultado.
Por conta da deterioração do mercado, a Companhia revisou suas projeções de desempenho para o exercício, quando prevê uma receita bruta total de R$ 4,2 bilhões e uma receita líquida consolidada de R$ 3,0 bilhões. As receitas no exterior reprojetadas deverão ficar em US$ 265 milhões. Impulsionados pelo dólar valorizado, os negócios externos da Randon encerraram o segundo trimestre com desempenho relativo melhor que as vendas totais. As vendas consolidadas para o mercado externo, no 2T15, totalizaram US$ 37,9 milhões ou queda de 22,1% em relação ao mesmo trimestre de 2014. Nas operações instaladas no exterior, a receita bruta total, sem eliminações das vendas entre as empresas no primeiro semestre, totalizou US$ 71,7 milhões ante os U$ 56,9 milhões do primeiro semestre de 2014. O fato se explica pela participação significativa dos países do Nafta nas exportações da Randon que responderam por 33% das vendas graças ao desempenho da economia americana.
Fras-le
Já a Fras-le divulgou que, apesar da persistente redução da atividade industrial brasileira, encerrou o segundo trimestre de 2015 com resultados positivos que se repetiram no desempenho do primeiro semestre do ano, quando registrou crescimento em todos os indicadores: a Receita bruta total de R$ 550,1 milhões, antes da consolidação, cresceu 7,0%, a Receita líquida consolidada avançou 6,7% e alcançou R$ 404,4 milhões, a Receita líquida no mercado nacional foi de R$ 213,1 milhões ou 4,4% maior, a Receita líquida no mercado externo cresceu 9,4% chegando a R$ 191,3 milhões ou 9,4% superior ao 1S14.
desempenho das vendas no mercado nacional apresentou uma oscilação negativa nos volumes vendidos neste primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado. O atual cenário econômico do país fragilizado com o aumento da inflação e com taxas de juros mais elevadas causaram impacto direto no consumo. Os segmentos de montadoras e sistemistas foram os que mais refletiram esses movimentos, mas o mercado de reposição também sentiu o reflexo da diminuição do fluxo de veículos pesados resultando no aumento da ociosidade da frota e reduzindo as manutenções.
Em peças, a Fras-le produziu 22,9 milhões de unidades no 2T15, uma queda de 3,3% sobre o 2T14. Durante o 1S15 a produção em peças totalizou 44,6 milhões de unidades, ou 9,3 abaixo do 1S14. Os volumes de vendas que, em peças, somaram 20,8 milhões de unidades no 2T15 caíram -15,8% em relação ao 2T14. As oscilações são provenientes principalmente da complexidade do cenário econômico atual e pelo acirramento da concorrência nos mercados onde a Companhia e suas controladas atuam.
No mercado externo, o mercado norte-americano continuou sendo um dos principais destinos das exportações da Companhia, com uma participação de 58% e que, junto com América do Sul (23%) e Europa (5%) respondem por 87% dos negócios externos totais. Depois de ter exportado US$ 13,1 milhões no segundo trimestre, a Companhia fechou o semestre com US$ 34,2 milhões de exportação, uma oscilação negativa de 30,6%. Tal desempenho encontra justificativa na recente alteração na estrutura externa de vendas para o mercado norte americano, onde os clientes passaram a ser atendidos diretamente pela Fras-le North-America, provocando uma adequação nos níveis de estoque da unidade. Além deste fator, o cenário ainda recessivo de alguns países, principalmente na zona do euro, além da crise do petróleo e conflitos políticos envolvendo Venezuela, Equador, Rússia e Ucrânia, também interferiram nas exportações da empresa.
Estratégias para blindar o negócio e melhorar o atendimento foram consolidadas neste primeiro semestre de 2015. Trabalhos de ampliação da produção nas unidades do exterior aumentaram a disponibilidade de produtos aos clientes diminuindo o tempo de entrega. Apesar da apreciação do dólar gerar ganhos na exportação, o efeito cambial perante a moeda local de alguns países onde são comercializados os produtos da Companhia, pode resultar em perda de competitividade frente aos produtores locais.
“Buscamos, neste semestre, concentrar esforços em ações para aumentar o desempenho do portfólio de vendas, além de fortalecer ações de reestruturação operacional e mercadológica consolidando a posição da Fras-le como importante player no mercado internacional com ganho de eficiência e com aumento de margem e, também através do retorno dos investimentos realizados na matriz e controladas”, afirma o diretor-superintendente e de Relações com Investidores, Pedro Ferro. Ele lembra que os esforços internos foram realizados na operação Caxias do Sul e também nas unidades controladas.
Para este segundo semestre, a Fras-le prevê a manutenção dos seus resultados, apesar das incertezas políticas e expressiva queda no volume de vendas das montadoras no mercado brasileiro. Foco no cliente e portfolio, controle dos custos internos e avanço na estratégia global asseguram uma tendência de avanços contínuo na performance da Companhia. Diante disto, a empresa revisou o Guidance para o ano quando projeta uma receita bruta total de R$ 1,1bilhão; Receita Líquida Consolidada de R$ 820,0 milhões; Investimentos de R$ 35,0 milhões; Receitas do exterior chegando a US$ 150,0 milhões e Importações a US$ 18,0 milhões.