Obras da Avenida Perimetral, na região portuária de Santos, ainda vão demorar
para ser concluídas
Guto Rocha
Considerada a maior obra dos últimos 30 anos no Porto de Santos, a Avenida Perimetral está longe de ser terminada. Em 2008, a Carga Pesada mostrou as dificuldades enfrentadas pelos caminhoneiros no acesso aos terminais portuários. Naquela época, as obras já estavam em andamento.
As avenidas perimetrais são as principais vias de acesso ao porto; uma fica na margem direita, em Santos, e a outra na margem esquerda, no Guarujá. Em 2008, três quilômetros estavam concluídos na margem direita. Na época, a previsão da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) era de que toda a Perimetral de Santos fosse concluída em 2010. Também a perimetral do Guarujá ficaria pronta nesse prazo.
Hoje, nenhum dos lados está pronto. Segundo a Codesp, foram concluídos 5,5 quilômetros de via da margem direita. A avenida conta com três faixas de rolamento em cada sentido, além de viadutos em pontos que provocavam congestionamentos na área portuária. Já as obras da Perimetral no Guarujá foram iniciadas apenas em agosto de 2011. São 2,5 quilômetros, e o prazo de conclusão é janeiro de 2013.
A continuidade das obras da Perimetral de Santos ainda depende de licitação para a contratação do projeto executivo de uma passagem subterrânea de 1,5 quilômetro na região do Valongo, o chamado Mergulhão. São investimentos de R$ 350 milhões. Já o terceiro trecho da perimetral, cuja licitação deve ser aberta ainda este ano, está orçado em R$ 50 milhões.
O trecho que está em uso eliminou pontos de congestionamento, mas acabou trazendo outros problemas, na opinião de Carlos Magalhães, diretor do Sindicam de Santos. “Motoristas de veículos pequenos aproveitam a avenida para ir da Ponta da Praia para o centro da cidade, e isso tem provocado acidentes”, comenta.
Para ele, o grande problema na região continua sendo a falta de estacionamentos para os caminhões que vão carregar ou descarregar no porto. Já o presidente da NTC & Logística, Flávio Benatti, tem outra visão. “Caminhão não foi feito para ficar parado, a questão não está no estacionamento. O que é preciso é melhorar a logística de carga e descarga nos terminais como um todo”, salienta.