A fábrica também está desenvolvendo o “pneu verde”, que tem menos atrito com o solo e proporciona 5% de economia de combustível
Uma roda com os componentes que são próprios do veículo: motor, suspensão e transmissão – e movida a hidrogênio! Esta foi a mais interessante novidade apresentada pela Michelin no 10º Challenge Bibendum, evento promovido pela empresa para debater avanços e desafios da mobilidade rodoviária, realizado de 30 de maio a 2 de junho, no Rio de Janeiro.
Para Michel Rollier, presidente mundial da Michelin, mobilidade segura, limpa e sustentável é um dos maiores desafios da atualidade, que demanda esforço conjunto em busca de soluções. Este tem sido o objetivo do Challenge Bibendum, lançado em 1998 e que no ano que vem acontecerá em Berlim.
Além da exposição de produtos inovadores, a promoção proporcionou aos visitantes test-drives em veículos protótipos e debates com especialistas em temas ligados à mobilidade e à sustentabilidade.
No caso da roda motorizada, o conceito denominado Active Wheel elimina a necessidade do motor no capô dianteiro ou traseiro e os elementos convencionais de suspensão e transmissão ou caixa de marchas. Todos estes componentes ficam concentrados nas rodas do veículo.
De acordo com a potência, o veículo pode ser equipado com quatro motores (um em cada roda) ou somente dois (nas rodas dianteiras). No caso do protótipo da Michelin, a energia para alimentar o motor é elétrica, proveniente de célula de combustível a hidrogênio – um tipo de energia limpa.
A marca francesa, responsável pela criação dos pneus radiais, agora investe no pneu verde. Segundo Pete Selleck, diretor mundial de pneus de carga da Michelin, um terço do combustível gasto por um veículo é usado só para superar o atrito dos pneus com o solo. Novos componentes, como a sílica de alto desempenho, já proporcionam menor atrito e até 5% de economia de combustível.
A Michelin aproveitou a ocasião para anunciar que vai investir 100 milhões de dólares na ampliação da capacidade da fábrica de pneus de carga de Campo Grande, no Rio de Janeiro, e 400 milhões de dólares numa nova fábrica de pneus de passeio em Itatiaia (RJ).
A empresa confirmou que existe falta de pneus no mercado em decorrência do aumento da produção de veículos – 30% dos pneus vendidos pela marca estão sendo importados.