As seis maiores entidades mundiais dos setores de transporte de cargas especiais e locação de guindastes assinaram um acordo de cooperação no mês passado, em Amsterdam, no âmbito do World Crane and Transport Summit.
O objetivo é lutar pela unificação de regras para o setor. “O que essa aliança quer é trabalhar por uma espécie de convenção internacional para uniformizar e padronizar regras para trânsito de veículos transportando cargas especiais e de guindastes”, afirma o vice-presidente executivo do Sindipesa, João Batista Dominici.
Ele ressalta que o comércio de cargas de projeto entre os países vem se intensificando e como os equipamentos utilizados no transporte são praticamente os mesmos não faz sentido que as regras de trânsito sejam muito diferentes.
Um bom exemplo disso são os guindastes autopropelidos, fabricados em todo o mundo para diversos usos, com diversos números de eixo, mas cada eixo sendo sempre projetado para 12 toneladas por eixo.
Quando os primeiros exemplares dessa nova tecnologia começaram a aportar no Brasil cerca de 15 anos atrás, o Sindipesa junto com fabricantes e Locadores deu início a um diálogo e troca de informações com o DNIT e com o DER-SP visando a adoção do limite de 12 toneladas por eixo para esses novos guindastes.
Esse trabalho possibilitou a adoção desse novo padrão de construção e fabricação de guindastes no país, fundamental, por exemplo, na implantação de parques eólicos e na construção civil de um modo geral.
O Sindipesa também irá trabalhar na busca de uma padronização no Mercosul. A missão do sindicato dentro dessa aliança é começar a “lição dentro de casa”, buscando a padronização de requisitos e procedimentos para esse tipo de atividade no Brasil e nos países vizinhos.
Internamente, o sindicato já está se reunindo com os órgãos estaduais de trânsito do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. “Precisamos de um padrão para a emissão das Autorizações Especiais de Trânsito (AETs). Não é possível continuarmos nessa situação em que uma AET leva até cinco dias para ser emitida”, ressalta.
Ele diz que também será preciso fazer articulações com os DERs de outros Estados. “No Espírito Santo, por exemplo, não se trabalha com os limites de peso estabelecidos pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes)”, justifica.
O Sindipesa está envolvendo os sindicatos estaduais de empresas de transportes nesta empreitada. “Por trabalhar mais com cargas gerais, a maioria dessas entidades não dispõe de um departamento voltado às cargas especiais”, salienta. Segundo Dominici, o sindicato das empresas gaúchas, o Setcergs, já está participando, junto com o Sindipesa, das negociações com o Departamento Autônomo das Estradas de Rodagem (Daer) do Rio Grande do Sul.
Além do sindicato brasileiro, assinaram o acordo as seguintes entidades: The Crone Industry Council of Australia, Crane Rental Associaton of Canada (Association Canadienne des Locateurs de Grues), European Specialized Transportation Association, New Zealand Heavy Haulage e Specialized Carries & Rigging Association dos Estados Unidos.
Leia carta aberta do Sindipesa sobre AETs no Rio Grande do sul
1 comentário
o meu problema referente a AET nao e em relação a guindastes ou cargas especiais mas diz respeito ao transito dos RODOTRENS, os meus sao de 18,80 e o estado de SP e agora tambem o PR nao tem facilitado nada a nosso favor no sentido de esclarecer o que realmente ocorre nesta situação ate por que tenho visto RODOTRENS com 24,00 mts e 26,00 metros rodando tranquilamente nestes estados; chego a pensar que este bloqueio tem a ver com CORRUPÇÃO ou legallizar ainda mais a capacidade dos GUARDAS RODOVIÁRIOS de se acharem no direito de nos bloquear ou liberar mediante uma taxa minima de R$ 50,00 por CARRETA, que sabemos bem nao vai para os cofres públicos. Sabemos bem que a uma LEI que veta a transformação para 18,80 Mts mas porque então os ENGENHEIROS estão autorizados a vistoriar e liberar para os DETRANS a documentação para tal o que nos custa aproximadamente R$ 2.000,00 e depois de tansformado e documentados nao temos como obeter a AET? a meu ver esse procedimento nada mais e do que uma afronta aos DIREITOS DOS CIDADÃOS de bem que investe no progresso do PAIS e depois ficam de maos atadas por conta de BUROCRATAS que mal sabem dar PARTIDA em nossos CAMINHÕES.Este e um desabafo de quem esta a 04 meses com um INVESTIMENTO de R$-1.000.000,00 parados por conta de uma LICENÇA que como ja foi dito, deve ser emitida em 5 dias, mas como o descaso e a corrupção e quem comanda este PAIS, ficamos aqui sem PAI NEM PARTEIRA, apenas com a obrigação de pagar os FINANCIAMENTOS em dia, mais os impostos que agora se atrazar-mos seja por que motivo for passamos a ser INADIMPLENTES/RESTRITOS sem direito a renovar o SEGURO dos VEICULOS.Espero que nas ditas REUNIOES e outras ações alguem tenha lido este e que procure alguma solução PUBLICA para esse PROBLEMA que nao e so meu, e tdos os TRANSPORTADORES QUE CARREGAM O PROGRESSO E O DESENVOLVIMENTO DESTE PAIS.OBRIGADO