Período analisado pela entidade vai de 2004 a 2016
Fonte: CNT
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou, nesta quinta-feira (10), o estudo Transporte Rodoviário – Desempenho do Setor, Infraestrutura e Investimentos. É a primeira análise da série histórica da Pesquisa CNT de Rodovias, compreendendo o período de 2004 a 2016. O estudo avalia a evolução da qualidade da infraestrutura, os investimentos no setor e propõe ações para solucionar os entraves identificados.
A CNT avalia 100% da malha federal pavimentada na Pesquisa CNT de Rodovias realizada anualmente. Na análise da série histórica 2004/2016, o estado geral das rodovias públicas federais melhorou 24,0 pontos percentuais, passando de 18,7% com classificação ótimo ou bom, em 2004, para 42,7%, em 2016.
Apesar da evolução da qualidade, 57,3% das rodovias públicas avaliadas ainda apresentam condição inadequada ao tráfego. Em 2016, cerca de 31 mil quilômetros ainda apresentavam deficiências no pavimento, na sinalização e na geometria. Esses problemas aumentam o custo operacional do transporte, comprometem a segurança nas rodovias e causam impactos negativos ao meio ambiente.
Nos 13 anos analisados, é possível perceber uma relação direta entre a qualidade das rodovias brasileiras e os investimentos federais em infraestrutura rodoviária. Em 2011, por exemplo, a União investiu o maior montante em infraestrutura de transporte no período, R$ 15,73 bilhões. O estudo divulgado identificou que, naquele ano, o percentual de rodovias consideradas ótimas ou boas foi de 41,3%. Já em 2004, quando houve o menor aporte de recursos no período analisado (R$ 3,90 bilhões em investimentos federais), apenas 18,7% das rodovias tiveram avaliação positiva na pesquisa da CNT.
Em 2015 e em 2016, apesar do baixo volume de investimentos (R$ 6,33 bilhões e R$ 8,61 bilhões, respectivamente), percebe-se a manutenção dos percentuais de avaliação positiva (42,1% e 42,7%). Isso ocorre, entre outros motivos, devido ao investimento em manutenção e em melhoria de sinalização, que têm custo menor.
Em 2016, o volume de recursos aplicados pelo governo federal nas rodovias retrocedeu praticamente ao nível de 2008, em valores reais. A estratégia do poder público foi investir os escassos recursos em ações de manutenção e recuperação de rodovias, que concentraram 64,3% do montante desembolsado em 2016.
Na avaliação da CNT, o histórico indicando que mais da metade dos trechos pesquisados estão inadequados demonstra a falta de priorização de investimentos em infraestrutura de transporte, ao longo dos anos, apesar de a maior parte das cargas brasileiras e dos passageiros ser transportada por esse modal.
Como parte da solução dos problemas persistentes nas rodovias, a Confederação Nacional do Transporte propõe maior participação da iniciativa privada em obras de infraestrutura, oferta de segurança jurídica e condições atraentes para os investidores, diversificação das formas de financiamento, transparência e eficiência na comunicação do governo com o setor privado.
Segundo a CNT, também é preciso definir regras de priorização dos investimentos, alinhando os empreendimentos selecionados para receber recursos públicos com os objetivos do setor. Outra medida apontada pela Confederação é a exclusão da Cide-combustíveis da base de incidência da DRU (Desvinculação de Receitas da União) como forma de garantir mais investimentos em infraestrutura de transporte.
2 Comentários
Percebemos que governos mais liberais como é o caso de agora, não investem em rodovias, isso é mostrado na matéria onde os maiores investimentos forma realizados nos governo sociais. Na era FHC as rodovias chegaram a estado calamitosos, quem não se lembra dessa época?
A BR-116 na região nordeste e principalmente no estado da BA quase acabou o piso, era buraco em toda a extensão. Para ir da divisa de MG a Salvador era impossível fazer o trajeto em menos de 3 dias, transitava de 1ª, 2ª e no máximo 3ª marcha, caminhões tomados era o que não faltava.
A BR-364 de Rondonópolis até Uberlândia não dava condições alguma de tráfego, pois existiam vários caminhões tombados por queda em buracos nas pistas e carro pequeno quebrava tudo,
De Cuiabá á Rio Branco nem se pode falar a pista acabou geral, quebrava molas, estouravam pneus, em fim era prejuízos de todos os lados.
Depois que o governo liberal tomou posse a situação ainda demorou a melhorar, pois era preciso quase que construir tudo de novo.
Infelizmente a nossa memória é curta e não conseguimos reivindicar com a visão focada em quem faz e quem não faz e assim fomos manipulados pelos mesmos manipuladores de sempre ou seja; mídia tendenciosa, empresários inescrupulosos e muitos oportunistas de plantão que não perdem uma oportunidade de tirar proveito em cima de caminhoneiros e sempre nos envolvendo em situações que prejudicam toda a cadeia de transporte para proteção dessa turma que referi.
Em fim, estamos vivendo um Brasil que tem todas e mais características dos governos liberais e que pode ser ainda pioro, a realidade ostra isso, onde políticos completamente envolvidos em corrupção estão no poder e cada um defendendo o seu par. Exemplos? acho que não é preciso.
Portanto a coisa parece a cada dia mais longe a luzinha no fim do túnel!
E agora estão querendo aprovar leis para o tal de distritão misto, o que é isso? É um sistema onde o eleitor escolhe um candidato e vota duas vezes, uma no candidato preferido e outra numa lista imposta pelos partidos onde o eleitor nem sabe em quem ele estará votando. Esse “golpinho” fajuto e escondido manterá no poder todos os ladrões que estão ai, desde que ele seja o queridinho do partido e povo continua levando na cabeça. A Intenção dos políticos é num futuro próximo implantar a lista deles, onde o eleitor nunca saberá em quem votará e o tal de parlamentarismo é o sonho futuro, pois assim quem elege o presidente não será mais o povo e sim o parlamento, ou seja câmara de deputados e senado e sem interferência do povo. ESPERAMOS, POIS O QUE É RUIM AINDA PODE SER PIORADO EM MUITO.
Abraços companheiros e vamos a luta sem deixar que nos manipulem!
CORREÇÃO DO COMENTÁRIO ACIMA.
Onde se Lê; Depois que o governo liberal tomou posse a situação ainda demorou a melhorar, pois era preciso quase que construir tudo de novo.
Leia-se;Depois que o governo social tomou posse a situação ainda demorou a melhorar, pois era preciso quase que construir tudo de novo.
Desculpem-me pelo lapso!