Veículos Euro 6 da marca têm redução do consumo de combustível e no custo de manutenção
A redução do custo operacional dos caminhões Euro 6, na ordem de 10%, e um aumento menor do preço desses veículos na comparação com a concorrência são trunfos da DAF no Brasil. Durante a Fenatran, realizada de 7 a 11 de novembro, em São Paulo, o diretor de Vendas da montadora, Gabriel Fernandes, explicou à Revista Carga Pesada que o custo operacional dos novos veículos é menor devido à economia de combustível.
“São dois os fatores que levam a essa queda no consumo: o nosso Controle Preditivo de Cruzeiro, que agora vem como item de série a nova bomba d’água, que tem uma nova tecnologia inteligente”, conta.
O aumento no preço dos veículos DAF em cerca de 15% na comparação com os Euro 5 é proporcionalmente menor que os 20% da maioria dos concorrentes.
O diretor explica que não há como manter os mesmos preços devido à evolução dos componentes que permitem uma redução na emissão de gases. “Quando se fala em atualização principalmente em sistemas de pós-tratamento, estamos falando de componentes importados de alto valor agregado. Por mais simples que a mudança visualmente possa parecer, há vários componentes novos que são majoritariamente importados”, justifica.
ECONOMIA
Nova calibração dos motores da família MX, o uso do Controle de Cruzeiro Preditivo, agora de série, que permite previsibilidade nas subidas, antecipando as trocas de marchas através de GPS, além do menor consumo de Arla 32 e diminuição do custo de manutenção trazem até 10% de redução no Custo Operacional Total.
A DAF desenvolveu os motores PACCAR MX-11 e MX-13 da nova linha 2023 com ouso integrado das tecnologias EGR (Recirculação de Gases a Exaustão), SCR (Redução Catalítica Seletiva), com a adição do Filtro DPF (Filtro de Material Particulado). Este conjunto é essencial para reduzir drasticamente as emissões de NOx (Óxidos de Nitrogênio) e MP (material particulado).
Ainda falando em economia, a manutenção do filtro DPF (Filtro de Material Particulado) essencial para o bom funcionamento do sistema, pode ser feita em até 540.000 quilômetros rodados.
Durante a Fenatran, a DAF apresentou ao público brasileiro o caminhão LF Electric 100% elétrico, produzido na Europa. “Nosso objetivo foi mostrar essa tecnologia que está muito madura tanto no mercado europeu quanto no americano”, conta Fernandes, que está na DAF desde 2012, antes da produção do primeiro caminhão da marca na fábrica de Ponta Grossa (PR), que ocorreu em 2013. “A ideia é mostrar para nossos clientes que a gente está investindo em fontes alternativas de energia e que algumas delas já estão em produção nesses mercados mais maduros”, complementa.
A adoção dos caminhões elétricos pesados no mercado brasileiro, no entanto, ainda pode demorar. “Quanto a trazer esse produto para o Brasil, a gente vai continuar nosso trabalho de monitorar, fazer a leitura de cenários, ouvir a demanda do cliente e, no momento que houver um contexto favorável, iremos trazê-lo sem dúvida.”
Para o diretor, principalmente no segmento de extrapesados, o motor a diesel ainda tem vida longa. “Sem dúvida, o motor a combustão vai nos acompanhar por bastante tempo nessa trajetória”, declara.
Ele ressalta que é gratificante ver o reconhecimento que a marca alcançou no mercado brasileiro em apenas uma década. “A gente se dedica, faz tudo com muito carinho e é gratificante receber o reconhecimento por parte dos clientes. Nosso compromisso com o Brasil é de longo prazo. Nós entendemos que estamos no melhor momento da DAF no País.”
A rede de concessionárias da marca hoje tem 60 pontos de atendimento em todo o território nacional. E a expansão continua, de acordo com o diretor. “Nosso trabalho continua sendo encurtar distâncias.”