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Pesquisa CNT: piora estado geral das rodovias

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Trecho da BR-364, no Acre – Foto: Arquivo/CNT

Fonte: Agência CNT de Notícias

Quase dois terços das rodovias pavimentadas do Brasil estão em situação regular, ruim ou péssima. É o que aponta a 16ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias,  divulgada nesta quarta-feira (24) pela Confederação Nacional do Transporte.

De acordo com o levantamento, dos 95.707 quilômetros avaliados, 33,4% foram considerados em situação regular, 20,3%, ruim e 9%, péssima. Outros 27,4% estão em bom estado e 9,9% em ótimo. Se comparados com os dados da pesquisa de 2011, houve piora na qualidade das estradas nacionais. No ano passado, 57,4% foram classificadas como regulares, ruins ou péssimas, contra 62,7% este ano.

Para fazer a análise, 17 equipes de pesquisadores da CNT percorreram todas as rodovias federais e as rodovias estaduais mais relevantes do Brasil, ampliando em 2.960 km a extensão avaliada na comparação com o que foi feito em 2011. Os aspectos que embasam a pesquisa são a qualidade de pavimentação, a sinalização e a geometria da via.

Se em 2011 a sinalização era considerada ótima ou boa em 43,1% das rodovias, esse número foi reduzido para 33,8% este ano. A geometria da via também registrou queda, embora de menor percentual. Em ótimo ou bom  estado eram 23,2% do total, agora são 22,6%. O único quesito com melhorias foi o de pavimento. As rodovias avaliadas como ótimas ou boas neste ponto passaram de 52,1% do total para 54,1% nesta edição.

Ainda sobre a sinalização, o levantamento mostra que ela é satisfatória (ótima ou boa) em 33,7% da extensão avaliada, sendo que 60,6% dela conta com acostamento e 88,1% tem predominância de pista simples de mão dupla.

De 2011 para 2012, houve aumento de 28,1% na quantidade de rodovias com faixa central desgastada ou inexistente; de 27,7% de faixas laterais desgastadas ou inexistentes e acréscimo de 36% de erosões na pista. Além disso, em 20.279 km há placas totalmente cobertas pelo mato, o que representa 21,2% da extensão rodoviária pavimentada.

Tipos de rodovias
O estudo avaliou 65.273 km de rodovias federais e 30.434 km de rodovias estaduais sendo que, dessas, 80.315 km estão sob gestão pública e 15.392 km sob gestão de concessionárias.

Enquanto apenas 27,8% das rodovias sob gestão pública estão em ótimo ou bom estado, o percentual positivo das rodovias concedidas é de 86,7%.

Regiões e estados
No Sudeste, foram avaliados 27.187 km de rodovias; no Nordeste, 26.739 km; No Sul, 16.842 km; Centro-Oeste, 14.546 km e, no Norte, 10.393 km.

O levantamento também mostra os resultados por estado e também no Distrito Federal. A unidade com o maior percentual de rodovias em ótima situação é São Paulo, com 49,9% do total, seguida por Rio de Janeiro (20,6%) e Paraná (18%).

Os estados com maior percentual de estradas em péssimas condições são o Acre (38% do total), Roraima (25,3%) e Amazonas (22,5%).

Ligações Rodoviárias

A Pesquisa CNT de Rodovias faz o ranking de 109 ligações rodoviários, que são trechos regionais que interligam territórios de uma ou mais unidades da federação. Essas extensões têm importância socioeconômica e volume significativo de tráfego de veículos de cargas e/ou de passageiros.

A ligação mais bem avaliada é o trecho entre São Paulo (SP) e Limeira (SP). Entre as dez melhores, nove interligam municípios de São Paulo e uma liga um município de São Paulo a um de Minas Gerais (Rio Claro a Itapetininga).

Entre as dez piores ligações, a maioria está no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com destaque negativo para o trecho que vai de Rio Verde a Iporá, municípios de Goiás e de Natividade (TO) a Barreiras (BA).

Histórico

Desde que começou a ser feita, em 1995, a Pesquisa CNT de Rodovias vem registrando aumento da extensão de rodovias pavimentadas avaliada. Naquele ano foram 15.710 km.

As 17 equipes de pesquisadores da CNT saíram simultaneamente de 12 capitais neste ano – Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Campo Grande, Fortaleza, São Luís, Rio Branco e Belém – para a coleta de  informações.

Confira o estudo completo, o resumo com os principais dados e fotos das principais rodovias clicando aqui.

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3 Comentários

  1. E foi preciso fazer pesquisa para ver o lixo de rodovias que se roda por ai a fora.basta dar uma volta de 100km em redor dos grande centros urbano do pais.

  2. Cristiano Arruda on

    Não faço partidarismo, mas tenho de reconhecer que os esforços do governador André Puccinelli de Mato Grosso do Sul foram importantes para obter recursos para recuperar e pavimentar muitas estradas federais e estaduais. Enquanto no governo anterior impostos foram criados para melhorar as estradas e as verbas foram roubadas. Infelizmente nós não temos mais do que 30 Km de auto-estradas em três pontos do estado, uma vergonha, mas isso já quebra uma barreira mental para que os novos governantes continuem. O mais importante é que muitas estradas do MS agora têm acostamento decente, embora as novas estaduais têm muitos pontos ainda sem acostamento, o que é reprovável.sou representante Maxibuswww.americabuses.blogspot.com

  3. Não pode ser diferente, alem do asfalto ser uma porcaria ainda fazem implementos cada vez com maior capacidade de carga que muitas vezes não respeitam o limite.Duvida? – É só rodar onde passam esses “rodotrens” que mais parecem um trem de rodovia e contatar. Parece trens mesmo pois já formou trilhos nos estados onde eles são permitidos rodar.Enfim, isso aqui é perda de tempo…. 

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