Dica da entidade para driblar falta de mão de obra é capacitar funcionários de outros setores da transportadora
Incentivar funcionários de outras áreas da empresa a se tornarem motoristas é a dica que o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo (Setcesp) dá para os filiados. “Devem procurar treinar funcionários que atuam como ajudantes ou conferentes para dirigir caminhões”, afirma o presidente da entidade, Adriano Depentor, em entrevista à Revista Carga Pesada.
Outra dica é a busca por motoristas mulheres.
Ele ressalta que o risco de um apagão de mão de obra no setor nos próximos anos é real. “É matemático. Se a cada ano estão se aposentando dez motoristas e somente seis entram na profissão, há um saldo negativo de quatro que vai se acumulando.”
O salário do motorista não é baixo, segundo ele. “Dificilmente um motorista rodoviário (empregado) leva para casa menos que R$ 5 mil, R$ 6 mil”, afirma o presidente do Setcesp. Depentor ressalta que, pelo nível de escolaridade que o mercado exige (muitos motoristas não fizeram o ensino médio), seria difícil para o profissional encontrar outro tipo de emprego. “Poderia ser motorista de aplicativo na cidade. Mas, para ganhar R$ 6 mil, precisaria trabalhar umas 20 horas por dia, sete dias por semana”, compara.
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