Pesquisa da CNTA mostra perfil das mulheres que atuam no transporte de carta
É baixo o número de mulheres jovens que trabalham com transporte rodoviário de cargas no Brasil. Somente 10% das caminhoneiras têm menos de 30 anos; 35% têm entre 31 e 40 anos; 41% entre 41 e 50 anos; e 16% estão com mais de 50 anos.
Os dados são um recorte da pesquisa nacional feita pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) em parceria com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) entre novembro do ano passado e janeiro deste ano, com 1.403 transportadores rodoviários, sendo 90 mulheres (6,4% do total).
Quanto ao tempo na profissão, 64% afirmaram que trabalham como caminhoneiras entre cinco e 15 anos. Outras 23% começaram nos últimos cinco anos; 11% estão entre 16 e 20 anos na profissão e 2% têm mais de 20 anos de estrada.
Na avaliação da CNTA, os dados revelam o baixo interesse das mulheres mais jovens em ingressar na profissão e a necessidade de ampliação de políticas públicas para atrair a mão de obra feminina ao transporte.
Os dados integram a pesquisa ‘Como seria um PPD (Ponto de Parada e Descanso) ideal”, que apontou a segurança como o tema mais solicitado por elas. As caminhoneiras querem mais vagas e espaços exclusivos para mulheres, maior respeito e empatia no atendimento.
As condições dos banheiros lideraram as críticas. “Nós mulheres quase não temos locais para descanso e para poder tomar um banho tranquilamente”, afirmou uma caminhoneira.
“Qualquer coisa seria melhor que o estacionamento dos postos que usamos e pagamos caro sem direito a nada”, criticou outra. “Limpeza [tem que melhorar]e a quantidade [de espaços], que é muito pouca. Organização e alimentação nos lugares”, comentou uma das caminhoneiras.