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G10: 25 anos de união e inovação

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Grupo maringaense nasceu em 2000 com modelo inédito de associativismo e hoje é referência nacional, reunindo cinco transportadoras e mais de 4.500 colaboradores

Em 2000, um grupo de dez transportadoras de Maringá decidiu romper barreiras e apostar em um modelo até então inédito no Brasil: a união de concorrentes em um só empreendimento. Assim nasceu o G10, que em 2025 completa 25 anos de atividades.

Hoje, cinco empresas permanecem no grupo — Transpanorama, Falleiro, Cordiolli, Rodo faixa e VMH — juntas, movimentando cerca de 16 milhões de toneladas por ano, avaliadas em R$ 20 bilhões, com mais de 4.500 colaboradores espalhados pelo país.

“Eu acompanhava de longe algumas experiências parecidas em outros setores e isso me deu o insight para começar a buscar esse modelo. Em 2000, formamos o primeiro grupo de transporte desse tipo no Brasil. No início, ninguém acreditava que fosse possível reunir concorrentes diretos”, recorda o presidente do G10, Claudio Adamuccio.

Mas eles sabiam que sozinhos eram pequenos e teriam dificuldade de chegar aos grandes clientes. “Já como grupo, nos apresentamos com outra força e fomos recompensados pela ideia.”

União nas estradas e nas reuniões

Clemir Martins, da Transportadora Falleiro, lembra o início do grupo de forma afetiva: “As primeiras reuniões aconteceram em uma chácara de um ex-sócio. Acho que foi uma jogada de mestre que fizemos naquela época. No começo havia bastante gente envolvida, mas depois o Claudio defendeu a ideia de limitar a dez transportadoras e selecionar aquelas que tinham maior sinergia entre si. Foi assim que o grupo nasceu.”

Sérgio Quáglia, diretor da Rodofaixa, recorda o clima de dificuldades que impulsionou a união: “Naquela época, o abastecimento e as compras estavam muito difíceis. Foi então que sugeri: ‘Vamos nos unir, abastecer no mesmo local para conseguir um preço melhor, comprar pneus juntos’. E deu certo.”

Já Sérgio Cordiolli destaca os efeitos das diferenças tributárias na época: “Começaram a surgir grandes diferenças no ICMS do diesel entre os estados. No Mato Grosso, o combustível ficou muito caro. Para reduzir os custos, passamos a usar tanques maiores nas carretas e assim evitar o abastecimento por lá.”

A carreta de quatro eixos do G10 foi capa da edição digital número 29 da Revista Carga Pesada publicada em janeiro de 2022

Do improviso ao complexo

O presidente Claudio Adamuccio lembra que a estrutura inicial era modesta. “No início, alugamos um espaço apenas para realizar as reuniões semanais de segunda-feira. Depois, o grupo comprou um posto no Contorno Sul da cidade. Ampliamos algumas salas e o posto também passou a atender a frota de caminhões do grupo. Com o tempo, o espaço ficou pequeno. A solução foi adquirir uma área onde começamos a construir o posto, os escritórios, áreas de manutenção e um grande pátio de estacionamento.”

Assim foi inaugurado, em 2003, o complexo da matriz do G10 em Maringá, às margens da PR-317, hoje com cerca de 200 mil m².

Capacitação e responsabilidade social

O grupo percebeu cedo a importância da mão de obra qualificada. Em 2005, inaugurou o CTQT, o primeiro centro de treinamento e qualificação em transporte do Paraná. O espaço reúne sala de aula, laboratório e até um caminhão exclusivo para as aulas práticas. Até 2020, foram mais de 500 turmas, com 5 mil motoristas capacitados em 20 mil horas de treinamento, todas gratuitas.

Em 2009, o G10 implantou em Maringá o Programa Florescer, em parceria com o Instituto Elisabetha Randon. O projeto atende 84 crianças em contraturno escolar, oferecendo alimentação, transporte, uniforme e oficinas diversas.

Inovação tecnológica

O grupo também se destacou ao propor soluções para a legislação dos implementos. “A legislação começou a mudar e trouxe dificuldades para o uso do bitrem. Uma nova resolução do Contran passou a exigir que o cavalo mecânico fosse 6×4, o que significava um caminhão mais pesado e mais caro. Na prática, isso aumentava o peso em cerca de 800 quilos, reduzindo a capacidade de carga”, lembra o presidente.

O G10, então, passou a pensar em alternativas. “Uma delas foi o cavalo 8×2. Ao mesmo tempo, começamos a testar a carreta de quarto eixo, conhecida popularmente como ‘Vanderleia’. Em 2022, essa configuração foi homologada”, explica.

Uma trajetória de resiliência

Valdemar Hoerning, da VMH, sintetiza o espírito do grupo: “Eu sou pequeno aqui, mas não reclamo. Vejo muitos amigos que estavam junto comigo naquela época e que não conseguiram crescer. Alguns conseguiram, mas a maioria ficou pelo caminho.”

Hoje, o G10 reúne 200 unidades pelo Brasil, presença em portos estratégicos, frota superior a 2 mil conjuntos e um legado de inovação, associativismo e responsabilidade social.

O Portal Maringá História produziu um belo vídeo sobre a história do G10. Vale a pena conferir, clicando aqui.

Clique aqui e leia entrevista com o presidente do G10, Claudio Adamuccio.

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