O governo federal prepara um pacote de medidas emergenciais para tentar aliviar os problemas gerados com o início do escoamento da safra de soja e milho. O anúncio deve ocorrer ainda esta semana.
Os congestionamento quilométricos no porto de Santos e a decisão de uma grande “trading” chinesa de cancelar a compra de soja brasileira obrigaram o governo a apresentar plano para minimizar os gargalos logísticos.
Entre as ações paliativas que poderão ser anunciadas, está a abertura de espaço nos armazéns públicos nas regiões com deficit de armazenagem. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) pode ajudar, mas tem apenas 2,2 milhões de toneladas de capacidade estática.
Outra medida que pode ser tomada é a realização de leilões para a contratação de frete destinado a regiões com carência de transporte.
A supersafra de grãos atraiu a frota de caminhões para alguns corredores de exportação, como a BR-163, e deixou áreas sem capacidade de disputar espaços nos caminhões de soja e milho.
Esse movimento comprometeu, por exemplo, o transporte de grãos para o Nordeste, onde neste momento pequenos agricultores enfrentam –além da escassez de milho– uma severa seca.
O objetivo é apresentar ações de curto prazo que minimizem problemas como a falta de armazéns e de caminhões, além da dificuldade para contratação de transporte em algumas regiões.
Só que os próprios técnicos do governo tratam as medidas como meros “paliativos”. Com a supersafra em andamento, nenhuma solução definitiva é possível agora.
A situação ganhou contornos de crise nesta semana, quando uma “trading” chinesa suspendeu a compra de 2 milhões de toneladas de soja devido a atrasos para o carregamento de navios.
Os quilométricos congestionamentos no porto de Santos também estão pressionando o governo a agir nesse momento de crise.
O pacote já deveria ter sido anunciado, mas atrasou devido a troca de comando no Ministério da Agricultura. Na última semana, o peemedebista Mendes Ribeiro Filho deu lugar ao colega de partido Antônio Andrade.
A grande repercussão dos congestionamentos e da decisão chinesa fez o governo acelerar o plano, segundo apurou o jornal Folha de São Paulo.
MEDIDAS REPETIDAS – O plano de ação está sendo coordenado pela Casa Civil, mas a montagem é feita pelos ministérios da Agricultura e dos Transportes e pela Secretaria Especial de Portos.
Como há pouca coisa a fazer agora, os três ministérios envolvidos no plano de ação devem incluir no pacote medidas já anunciadas.
Entre essas, estão: 1) mudança no marco regulatório dos portos, cujo objetivo é destravar os investimentos em terminais; e 2) novas rodadas de concessões rodoviárias e ferroviárias.
A novidade pode vir do Ministério da Agricultura. A pasta poderá antecipar detalhes do próximo Plano de Safra 2013/2014. Neste, a pasta poderá anunciar novas linhas de crédito subsidiadas para estimular a construção de armazéns, além de propor projetos de melhoria logística.
FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO/ UOL
3 Comentários
As medidas emergenciais do GOVERNO não é supresa, o GOVERNO deixa sempre a situação chegar no limite,inclusive como nesse caso do cancelamento de compra por parte dos cheneses,para justificar as ações sem concorrências e assim favorecer os corruptos. Podem observar que daqui a algum tempo.seremos informado pelos meios de comunicação que ouve favorecimentos nas medidas tomadas pelo GOVERNO,e o GOVERNO se justifica dizendo que devido a urgência,não teve como fiscalizar a contento,é sempre a mesma coisa.Todos os anos ocorre os mesmos problemas,mais como a incopetência no ministério dos transportes é evidente ja a aluns anos,os problemas se repetem ano após ano sem que ninguém tome alguma iniciativa que busque a solução dos problemas,até porque,falta conhecimento técnico as pessoas que dirigem o ministério.
Os nossos governantes deixam tudo virar um caos pra poder fazer tudo na base da “obra emergencial”. Será que é pra poder fazer tudo sem licitação? Ou é falta de gente capacitada pra elaborar projetos de longo prazo e que resolvam a questão de uma vez?Mas, pra que resolver o problema se enchem os bolsos com problemas alheios? Vejam o caso das cidades serranas do Rio de Janeiro. O dinheiro foi enviado para sanar as emergências, roubaram e nada fizeram. O que me assusta é o segundo item do plano emergencial. 2) Novas rodadas de concessões. Rodovias e Ferrovias. Ou seja, fazer tudo com o nosso dinheiro e dar para empresários amigos do governo tomarem conta.Adorei a alegação da ALL para a fila de 100km que se formou na entrada do terminal. “Nós não somos responsáveis pelo embarque do produto!” Ai me pergunto: “Onde está a logística desse pessoal que trabalha com o transporte de grãos?” A resposta é simples: Não existe.Todo mundo é um simples agenciador de carga, quer é embarcar o máximo volume possível e ganhar sua comissão sem fazer nada. Ai vira essa bagunça.
o governo pensa em colocar trens para transportar a safra , deveria ele pensar em fazer o que lhe compete ou seja , ele cobra impostos carissimos para manter as rodovias e fazer novas rodovias , porque não as faz , pois ele deve pensar que o transporte rodoviario emprega muitos trabalhadores diretamente e indiretamente e nossa industria sobrevive tambem dessa categoria como fabricas de pneus /peças/caminhões / implementos / postos de combustiveis /borracharias guinchos e tudo mais e a ferrovia quem lucra com ela , quantas pessoas dividem esse lucro no coletivo como é feito com os caminhões