Nas contas da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), nos próximos cinco anos os novos projetos hidroviários e ferroviários vão passar a transportar 21 milhões de toneladas de grãos. Mas a produção do Estado vai crescer quase o mesmo tanto: 18 milhões de toneladas.
Isso significa que ainda haverá muita carga a ser levada pelos caminhões. A menos que os outros modais surpreendam em produtividade.
O coordenador do Movimento Pró-Logística da entidade, Edeon Vaz (foto), acredita que, quando todas as empresas estiverem operando em Miritituba, dois milhões de toneladas poderão ser embarcados por lá. “Será uma excelente opção. Poderia embarcar muito mais, mas o porto ficará limitado à capacidade da BR-163”, justifica.
Com a pavimentação total dessa via no Pará, ele estima que Santarém também poderá embarcar um milhão de toneladas. Já a FICO, chegando a Lucas do Rio Verde, levará, nas contas dele, 12 milhões de toneladas.
Também em cinco anos, ele acredita no fim das obras da BR-158 (que vai até Altamira, no Pará), e mais três milhões de toneladas poderão subir pelo Rio Tocantins. Outros três milhões poderiam chegar à Ferrovia Norte-Sul, quando a BR-080 (em Mato Grosso) estiver pronta.
Alternativa também interessante no ponto de vista de Vaz é a hidrovia dos rios Paraguai e Paraná, que teria como levar mais três milhões de toneladas para Nova Palmira, no Uruguai – obra que ele acredita possível para os próximos cinco anos.
A Ferrovia Cuiabá-Santarém levaria mais 10 milhões de toneladas. Mas é um projeto para ficar pronto, se ficar, dentro de 10 anos, na opinião do coordenador. De uma coisa ele tem certeza: “O governo está realmente empenhado nesses projetos”, afirma.
Safra continuará crescendo, diz Aprosoja
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