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A soja que deve ir para o Norte

DAF - Oportunidade 2024
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carga170b.inddOs portos do Oceano Pacífico estão na mira dos produtores e transportadores de grãos de Mato Grosso do Sul, mas não dos de Mato Grosso. Para esses, a melhor solução para exportar principalmente a soja é através dos portos do Norte e Nordeste do Brasil, conforme já diagnosticou o Movimento Pró-logística de Mato Grosso, ligado à Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja).

Na nossa edição nº 167, de abril/maio deste ano, já tratamos dessa questão, na reportagem de capa (“Norte – Novas rotas para a safra”), informando sobre as obras em andamento e outras previstas para fazer uma integração de modais, de forma a baratear o transporte da soja mato-grossense destinada à exportação.

Toda a soja produzida acima do Paralelo 16 – linha imaginária que passa perto de Cuiabá, no mesmo sentido da linha do Equador – deve ser escoada pelos portos do Arco Norte, e não mais pelos do Sudeste e Sul, reafirma o coordenador do Movimento Pró-logística, Edeon Vaz Ferreira. O Arco Norte é um conjunto de seis portos (alguns marítimos, outros fluviais) formado por Itaqui, no Maranhão; Outeiro, Vila do Conde e Santarém, no Pará; Santana, no Amapá; e Itacoatiara, no Amazonas.
Segundo Ferreira, atualmente os seis portos são capazes de escoar 13,8 milhões de toneladas – o que é pouco. Mas, com a construção de novos terminais e de obras de infraestrutura rodoferroviária, sua capacidade subirá para 66 milhões de toneladas em 2025.

Para a soja produzida no Sul de Mato Grosso, abaixo de Cuiabá, o mais viável continuará sendo o escoamento por via ferroviária, pela ALL, até Santos, ou por caminhão até Santos ou Paranaguá.

A novidade para a próxima safra é a chegada do trem a Rondonópolis. O terminal da ALL na cidade foi inaugurado em setembro. Até então, a maior parte dos grãos era levada até o terminal de Alto Araguaia, na divisa com Goiás. Para o diretor executivo da Associação dos Transportadores de Carga de Mato Grosso (ATC), Miguel Mendes, a mudança por enquanto está para pior. “Não vai levar mais grãos porque a quantidade de vagões é a mesma. E o congestionamento de caminhões agora foi transferido para uma cidade maior, o que agrava o problema”, explica.

Batizada de Capital do Bitrem, Rondonópolis já vivia longos congestionamentos antes do terminal da ALL. Agora, de acordo com Mendes, a situação piorou. “Imagine como será no pico da safra”, declara.

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1 comentário

  1. Nivaldo Baptista on

    O mais correto é os governantes e empresarios se unirem e dar condições de trabalho ou abandonar a rota e colocar estes funcionarios das barreiras carregar as mercadorias nas costa se quiserem comer.

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