Mais forte e econômico, ele promete melhor performance que seu predecessor
O novo Accelo 815, apresentado pela Mercedes-Benz na última Fenatran, chega ao mercado com um grande desafio: substituir o campeão de vendas 710, o famoso Mercedinho, reconhecido pela mecânica simples e resistente, economia de combustível e excelente valor de revenda.
Para ocupar este espaço, o Accelo conta com armas como esta: com 8.300 kg de peso bruto total, oferece mais 1.600 kg que o 710, e marca a entrada da Mercedes-Benz na faixa de 8 toneladas de PBT.
Como toda a linha de caminhões Mercedes-Benz 2012, os modelos Accelo trazem motores mais potentes, econômicos e ecológicos e com a tecnologia BlueTec 5 para atendimento ao Proconve P-7.
Tanto o Accelo 815 quanto o 1016 são equipados com o motor eletrônico OM 924 LA de quatro cilindros e 156 cv, até 6% mais econômico e com maiores intervalos de troca de óleo. O elevado torque (580 Nm no Accelo 815 e 610 Nm no Accelo 1016) assegura acelerações mais rápidas, melhores retomadas e maior velocidade média.
Esses motores elevaram o preço dos caminhões. Mas, para não perder o espaço conquistado pelo 710, a Mercedes-Benz promete aumentar o preço em 8%, enquanto a média anunciada para os leves chega a 15%. Se esse aumento incidir sobre o valor atual do 710, em torno de R$ 98 mil, basta fazer as contas. Já o modelo atual do Accelo 915, com motor Euro 3, está na faixa de R$ 117 mil.
Os grandes concorrentes do novo Mercedinho serão os Volkswagen 8-160 (sucessor do 8-150 equipado com motor Euro 3) e o Carguinho 815 da Ford. O Accelo 1016 não tem concorrente direto.
MANUTENÇÃO – Logo depois da Fenatran, a Mercedes-Benz realizou um evento para destacar os pontos fortes do Accelo em um cenário que tem tudo a ver com o segmento de leves e o transporte urbano, sua principal aplicação: o Mercadão de São Paulo, um dos principais entrepostos de abastecimento e ponto turístico da capital paulista.
Entre frutas, verduras, peixes e uma variedade de alimentos importados, convidamos um caminhoneiro para conhecer o novo Mercedinho. Daniel Barbosa trabalha no transporte de peixes, gostou do que viu no novo caminhão, mas demonstrou preocupação com o custo de manutenção. Ele já dirige um Accelo 915: “Bom mesmo é quando a gente acha peça para o caminhão em qualquer lugar. No caso do Accelo, ainda dependemos muito da rede autorizada”, comentou.
Ele não conhecia o novo sistema dos motores Proconve P-7, que vão precisar de um novo combustível. Recebeu uma explicação detalhada sobre seu funcionamento dos engenheiros da Mercedes-Benz. Como trafega mais dentro de São Paulo, não deverá ter problemas em abastecer com o diesel mais puro, o S50.
PIONEIRO – Os novos Accelo chegam com três opções de entre-eixos, entre elas a de 3,1 m, que o configura como VUC (Veículo Urbano de Carga) na cidade de São Paulo. “Tanto o Accelo 815, novo ‘Mercedinho’, quanto o 1016, têm a versão VUC, permitindo a utilização da maior carroceria dessa categoria, de 4,5 m de comprimento”, informa Tânia Silvestri, diretora de Vendas e Marketing de Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil.
O Accelo 1016 permite a instalação de um terceiro eixo, por empresas implementadoras, ampliando a capacidade de carga para 13.000 kg de PBT, quando equipado com a caixa de câmbio de seis marchas, e possibilitando o uso de carrocerias de até 8 m de comprimento.
A linha Accelo dá continuidade a uma trajetória de 40 anos dos caminhões leves Mercedes-Benz no Brasil. Do pioneiro 608 D, de 1972, ao atual e consagrado 710, são mais de 185 mil unidades vendidas no País.