Segundo o Atlas da Acidentalidade no Transporte, houve 13,3% menos mortos em 2017, na comparação com 2016
O Atlas da Acidentalidade no Transporte aponta uma redução em 2,5% de mortos e 13,3% de feridos graves em acidentes nas rodovias federais entre 2016 e 2017. Os seis piores trechos de 10 quilômetros estão localizados nos estados de Santa Catarina, Espírito Santo, São Paulo, Pará, Paraná. O Atlas é editado pelo Programa Volvo de Segurança no Trânsito (PVST), em parceria com a Polícia Rodoviária Federal e a TecnoMetrica e traz informações sobre as principais causas, as mais letais, os pontos de maior índice de acidentes e mortes e também os trechos com índices de periculosidade elevados e moderados.
“Segurança é um valor fundamental da Volvo. Somos incansáveis em ações para aumentar a conscientização e reduzir acidentes. Há mais de 30 anos por meio do Programa Volvo de Segurança no Trânsito fomentamos ações e debates”, afirma Solange Fusco, diretora de Comunicação Corporativa do Grupo Volvo América Latina.
O Atlas da Acidentalidade no Transporte, lançado em 2016, apresenta um diagnóstico completo de acidentes de trânsito do país, indicando os piores trechos, as principais causas e as mais letais, os dias da semana e o horário em que mais acontecem acidentes e por tipo de veículo.
A edição de 2018 do Atlas revela que o ranking dos estados com maior número de mortes por mil quilômetros de rodovia federal é composto por: Espírito Santo (246), São Paulo (237), Rio de Janeiro (237), Distrito Federal (228) e Sergipe (159), respectivamente. Em número absoluto de mortes: Minas Gerais (869); Paraná (613); Bahia (594); Rio Grande do Sul (391) e Santa Catarina (381).
“Os dados servem de orientação para a população em geral quanto aos riscos nas rodovias federais e também para as empresas de transportes, que poderão utilizar essa base rica para melhor gerenciar os riscos das viagens”, destaca Anaelse Oliveira, responsável pelo Programa Volvo de Segurança no Trânsito – PVST.
Balanço das estradas em 2017
Em 2017, foram registrados 89.396 acidentes nas rodovias federais, com 6.243 mortes, o que representa uma média de 17 óbitos por dia. As estatísticas das BRs também revelam que no período dos últimos dez anos, o ano de 2011 apresentou o maior número de acidentes e mortes, 192.326 e 8.675, respectivamente.
A principal causa do maior número de mortes nas rodovias federais em todos os estados em 2017 foi a falta de atenção. Porém, a causa com maior índice médio de gravidade (6,8) é a ultrapassagem indevida, que responde por 2.053 acidentes e 425 mortes, seguido de desobediência à sinalização (5,4); ingestão de álcool e velocidade incompatível (ambos com 4,8).
A partir de 2012, há significativa melhora na gravidade total dos acidentes, com forte tendência de queda e uma redução de 30% entre 2011 e 2017. Essa tendência, em maior ou menor intensidade, é observada em todos os estados, exceto em Roraima.
Outra informação positiva está na melhora do índice de periculosidade nos últimos 10 anos em várias localidades. O Atlas 2018 destaca os cinco trechos de 10 quilômetros em rodovias federais, nos quais a redução no número de óbitos foi expressiva. (VIDE TABELA 1)
A Polícia Rodoviária Federal informou que houve otimização do efetivo em trechos mais críticos apontados pelas análises estatísticas. “Esta foi uma forma eficiente encontrada pela PRF para atuar com o objetivo de redução dos acidentes e, principalmente, seu grau de letalidade. As ações institucionais contaram também com o emprego de tecnologia; em destaque para o uso de radares fotográficos portáteis e etilômetros (bafômetros). Destacamos que no tripé do trânsito, a educação, a infraestrutura e o esforço legal devem andar juntos e atuar de maneira harmônica. A PRF atua como um importante ator neste contexto”, afirma Anderson Poddis, Coordenador de Comunicação Social – Substituto da PRF.
O Atlas 2018 revela o ranking com os 06 piores trechos de 10 quilômetros de todas as rodovias federais com maior acidentalidade em 2017. Ocupando as 1ª e 5ª posições estão os trechos do km 204 ao km 213 (BR 101) e do km 0 ao km 9 (BR 282), localizados na Região Metropolitana da grande Florianópolis, em Santa Catarina. As demais posições são ocupadas por trechos localizados nos Estados do Espírito Santo, São Paulo, Pará e Paraná. (VIDE TABELA 2). Entre as principais causas de acidentes nesses trechos estão: falta de atenção à condução, velocidade incompatível, falta de atenção do pedestre e ultrapassagem indevida.
Atlas 2018
A principal inovação no Atlas 2018 foi a quantificação da gravidade associada a cada acidente, focando no número de pessoas envolvidas, classificando-as segundo critérios da Polícia Rodoviária Federal. Essa análise dos dados passou a ser feita a partir de uma nova definição, o índice de periculosidade, que leva em conta todos os envolvidos no acidente – ilesos, vítimas leves, vítimas graves, mortos – e não apenas os critérios de classificação dos acidentes pela gravidade, como anteriormente.
“Usamos um critério de periculosidade que pudesse ser associado a cada ponto de uma rodovia, permitindo apontar os trechos de modera e alta periculosidade”, explica Prof. Sebastião de Amorim, diretor técnico da TecnoMetrica, empresa responsável pelo tratamento dos dados da PRF para o Atlas.
O portal Atlas da Acidentalidade no Transporte Brasileiro é uma das ações do Programa Volvo de Segurança no Trânsito (PVST) dentro da visão Zero Acidentes, que tem como ideal de futuro zerar o número de acidentes com veículos comerciais Volvo.
O Atlas da Acidentalidade no Transporte Brasileiro pode ser acessado gratuitamente no link:
https://www.atlasacidentesnotransporte.com.br/