Caixa vai financiar compra de implementos
A exemplo do que tinha feito em agosto com a Anfavea, a Caixa Econômica Federal assinou convênio, na Fenatran, com a Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), para financiar aquisições de equipamentos por clientes desses fabricantes e ainda abrir créditos para outros fins para os clientes.
Caixa está operando com o Finame, do BNDES, que financia cerca de 70% do valor dos implementos com taxas pós-fixadas, e para os outros 30% oferece diversas linhas de crédito, de forma que, graças ao convênio, é possível financiar totalmente o bem adquirido.
Além disso, a Caixa oferece a possibilidade de financiar o 13º salário dos empregados da empresa proponente, na mesma operação complementar de financiamento. Também existe uma linha de crédito específica para capital de giro.
A presidente da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, informou que o programa do banco voltado para o financiamento da atividade de transporte dispõe de R$ 500 milhões: “Podemos chegar a R$ 1 bilhão ou mais, dependendo do ânimo do mercado”.
“Com as taxas impagáveis dos bancos privados, bancos públicos como a Caixa e o Banco do Brasil terão um vazio a preencher”, disse Alcides Braga, presidente da Anfir. “Se os juros não ultrapassarem 12% ao ano, o mercado de implementos voltará a crescer”, opinou.
BALANÇO – Quase 40 fabricantes de implementos estiveram na Fenatran e ficaram satisfeitos com os resultados. O balanço divulgado pela Anfir estimou em 5.700 o volume de negócios encaminhados na feira, um ótimo resultado, considerando que o setor deve fechar o ano com 30 mil unidades vendidas e com a perspectiva deste mesmo volume para 2016.
Volvo e DAF, as duas únicas montadoras de caminhões presentes no evento, ambas com sede no Paraná, também não podem reclamar do resultado da feira. A DAF disse que encaminhou 550 negócios. A Volvo, que montou mais de 40 salas em seu estande de quatro mil metros quadrados, não divulgou números. Mas a Auto Sueco, concessionária da marca para São Paulo, anunciou que vendeu 500 caminhões e que isso representava 20% dos negócios totais da marca – de quatro mil caminhões, portanto. Importante frisar que todas estas negociações ainda dependiam de viabilização de crédito ao término do evento.
Tudo somado e com o espírito de tentar salvar o difícil ano de 2015, a Fenatran deixou de ser uma feira puramente institucional para ser um ambiente de negócios. Este foi o último ano em que
Consórcio vira arma de vendas da DAF
Com as taxas de juros nas alturas, o consórcio voltou a ser uma forma atraente de comprar caminhões, e a DAF firmou uma parceria com a Randon Consórcios para oferecer essa alternativa a seus clientes.
O presidente da DAF, Michael Kuester, lembrou que “o consórcio é uma modalidade de venda bastante tradicional no Brasil e está apresentando expressivo crescimento ano a ano”. A parceria foi feita com a Randon Consórcios, “porque esta empresa tem muita credibilidade e é referência no segmento de transportes”, acrescentou.
O diretor comercial da DAF, Luis Antonio Gambim, disse que espera vender pelo menos 300 cotas de consórcio até o final do ano. A exemplo de outras montadoras, o consórcio DAF oferece uma viagem para duas pessoas a seus adquirentes. O destino é a Holanda, sede da empresa.
A DAF instalou sua fábrica em Ponta Grossa (PR) há dois anos e já tem 800 caminhões rodando no Brasil. Sua rede de concessionárias soma 20 casas e vendeu 500 caminhões em 2015. A previsão da empresa é vender mil caminhões no ano que vem e dobrar sua participação no mercado, atualmente de 2,5%.
Para isso conta agora com um novo produto, apresentado na Fenatran, o caminhão CF 85 com motor Paccar MX 12,9 litros, de 360 cv e 410 cv, destinado a curtas e médias distâncias, e que teve 30 negócios encaminhados na feira: “Um dos pontos fortes deste caminhão é o motor, que deve se diferenciar dos principais concorrentes que utilizam motores de nove litros. Além disso, temos uma ótima cabine e o freio-motor de 430 cv a 1.800 rpm, que permite menor desgaste dos pneus e descer uma serra sem usar o pedal de freio”, descreveu Gambim.
A DAF também acaba de nacionalizar a fabricação de motores, com investimento de R$ 60 milhões em infraestrutura e equipamentos. Desde novembro, a produção dos motores Paccar MX de 360 cv, 410 cv, 460 cv e 510 cv é feita na unidade de Ponta Grossa.
OnixSat lança rastreador com Wi-Fi
Sistema visa substituir o teclado do computador de bordo do caminhão
Eliminar o teclado do computador de bordo e facilitar a comunicação entre motorista e empresa são os objetivos do OnixSmart2 Wi-Fi, lançado pela OnixSat na Fenatran.
Denominado Novo Módulo de Conectividade, com ele no rastreador será possível substituir o teclado por um smartphone ou tablet – equipamento que a maioria das transportadoras já fornece a seus caminhoneiros.
“Este novo modelo de conectividade sem fio representa mais agilidade e liberdade na comunicação entre a central de monitoramento e o motorista”, diz Wagner Eloy, diretor de Marketing e Vendas da OnixSat. Ele ressalta que o rastreador permite integrar a comunicação entre o caminhão e o sistema da transportadora. “Não é apenas uma comunicação de texto. Para isso existe o WhatsApp.”
Outra vantagem é que, com comunicação pelo rastreador híbrido, o motorista nunca ficará sem sinal. Se não tiver sinal de celular, ele pode se comunicar pelo GPRS do computador de bordo, que tem dois chips. “Se nem assim houver comunicação via celular, entra o satélite”, afirma Eloy.
O OnixSmart2 Wi-Fi vai otimizar o controle de jornada do motorista. Hoje, o controle se dá pelo teclado do caminhão, mas, com o Wi-Fi, o motorista não precisará estar no veículo para manusear a ferramenta. “Se estiver com o celular, ele pode marcar começo da jornada na hora que sai de carro de uma filial para outra da empresa para buscar o caminhão”, exemplifica o diretor da OnixSat.
Eloy avaliou a quinta participação da empresa na Fenatran como muito positiva. “A gente percebe em números e no reconhecimento dos nossos clientes que nossas novidades realmente fazem diferença para suas operações.”
Randon leva Ecoplate 2 para furgão e sider
Seis meses após ter apresentado ao mercado o graneleiro Linha R com Ecoplate 2 nas laterais, a Randon levou para a Fenatran o semirreboque furgão Linha R e a frontal do semirreboque sider também com esta tecnologia.
O Ecoplate foi patenteado pela Randon em julho de 2005, quando foi aplicado inicialmente ao graneleiro Brasilis, e alcançou, até agora, mais de um milhão de painéis instalados em mais de 56 mil semirreboques.
Mais leve e durável, por não conter madeira em sua composição, e 100% reciclável, o Ecoplate 2 é composto por uma placa metálica e PVC, unidos por um adesivo de alta performance e livre de solventes tóxicos. O uso do PVC no painel proporciona resistência à umidade e ao uso de produtos químicos, aumentando muito a durabilidade. A chapa metálica externa fornece alta resistência a impactos, além de diferenciado aspecto visual.