Entre as aquisições, estão três empresas da Argentina e Uruguai
O ano de 2017 para a Fras-le foi marcado pelo crescimento, expansão e consolidação da presença em diversos mercados. “Enfrentamos a crise com modernos sistemas de gestão e acreditamos na força do compartilhamento para crescer”, disse Sérgio Carvalho, CEO da Fras-le, que experimentou um dos períodos de maior expansão no mercado internacional de sua história de seis décadas.
Ele refere-se às aquisições envolvendo três empresas da Argentina e do Uruguai, Armetal, Farloc e Fanacif. Na Índia, foi criada a ASK Fras-le Friction para fornecimento aos mercados da Índia, Bangladesh, Nepal e Sri Lanka, além de exportar para outros países. A unidade na China foi duplicada e foram instalados um escritório de vendas e um centro de distribuição na Colômbia.
A expansão também aconteceu no Brasil, onde a Fras-le formalizou uma parceria com a multinacional americana Federal Mogul que resultou na Jurid do Brasil, em Sorocaba (SP), para fabricação e distribuição de produtos de freio Premium para fabricantes de veículos de equipamentos originais e clientes de pós-venda nos mercados de veículos leves no Brasil e em toda a América do Sul. Ações que deverão repercutir mais integralmente na performance deste ano.
Em 2017, os volumes de vendas consolidados de materiais de fricção cresceram 9,4% em comparação a 2016, com a comercialização de 86,9 milhões de unidades, principalmente lonas e pastilhas de freio para veículos comerciais, e também, referências de Sapatas de Freio. No grupo de produtos relacionados a freios, o portfólio de cilindros hidráulicos e outros produtos destacou-se com uma evolução superior a 40% em 2017 comparado ao ano anterior. Fruto disto, a receita líquida consolidada somou R$ 832,8 milhões, atingindo um avanço de 2,5% sobre desempenho de 2016 (R$ 812,7 milhões), e só não foi maior devido a fatores relacionados ao câmbio e conjuntura econômica de alguns países onde a Companhia atua.
As exportações a partir do Brasil somaram US$ 74,2 milhões em 2017, número que representou uma queda de 6,8% em comparação ao ano anterior. O NAFTA, como um todo, conseguiu apresentar recuperação em sua performance em 2017, a qual reflete importantes ações realizadas no mercado americano, principalmente a conquista de novos parceiros comerciais, e também, evolução nas vendas para o México. As vendas para a Argentina apresentaram melhora nos últimos meses do ano, porém, para alguns países da América do Sul e para os continentes europeu e africano foram menores.
O faturamento no mercado externo totalizou US$ 129,5 milhões, uma evolução de 2,1% sobre 2016, refletindo maiores volumes de vendas nas unidades dos Estados Unidos e da China, além de parte das vendas das empresas recentemente adquiridas na Argentina e no Uruguai. Considerando o total faturado no mercado externo em 2017, o montante de US$ 55,3 milhões (após as eliminações das vendas inter-company) é proveniente das unidades controladas.
O lucro bruto consolidado de 2017, comprometido pelo efeito de um câmbio médio menor sobre as exportações e pelo hedge accounting, apresentou uma queda de 6,4% comparado ao ano anterior, somando R$ 217,2 milhões, enquanto a margem bruta de 2017 foi de 26,1%, sendo equivalente a uma redução de 2,4 pontos percentuais em relação a 2016.
O EBITDA consolidado, de R$ 106,4 milhões em 2017, apresentou uma redução de 14% em relação ao ano anterior. A margem EBITDA ficou em 12,8% no ano, que corresponde a uma redução de 2,4 pontos percentuais comparado a 2016. Cabe reforçar que o desempenho do EBITDA em 2017 reflete, além do impacto do hedge accounting e do câmbio, despesas com impairment ocorrida na subsidiária Fras-le North America nos EUA, além das despesas relacionadas às aquisições e novos negócios.
“O ciclo de aquisições e novas parcerias não se encerra. O objetivo é seguir a trajetória de expansão global e aumento do portfólio de produtos sem tirar a atenção do negócio”, anuncia Sérgio Carvalho.