Em breve, se saberá se o Actros será o escolhido para ter sua linha de montagem na Manchester Mineira
Luciano Alves Pereira
A Mercedes-Benz tem uma fábrica em Juiz de Fora, que lhe custou, há dez anos, 820 milhões de dólares, e muito prejuízo lhe deu desde então. Sua destinação inicial era de fabricar o automóvel Classe A, modelo que não vingou. Hoje produz o cupê esportivo Classe CLC 200 Kompressor, para exportação. A ociosidade beira 80%.
A decisão de mudança de formato da fábrica foi anunciada pelo presidente do Conselho de Administração da Daimler, Dieter Zetsche. A empresa vai incluí-la “na rede industrial de veículos comerciais”.
A Mercedes tem outra fábrica de baixa utilização, em Campinas, há mais de 30 anos. O mercado nunca chegou aos patamares previstos quando ela foi feita para se juntar à de São Bernardo do Campo.
Agora veio o anúncio endereçado a Juiz de Fora. A montadora diz que sua capacidade de produção em São Bernardo do Campo chegou ao teto (75 mil unidades). Por que não Campinas? Porque a Mercedes obteve volumosos incentivos fiscais em Juiz de Fora e, segundo o jornal Estado de Minas, o governo estadual pressionou, cogitando até de buscar a Justiça para obter a compensação.
Acordo feito, a MB promete obras para agosto e produção no ano que vem. Em breve, se saberá se o modelo pesado Actros, em fase de nacionalização, será o escolhido para ser feito lá.