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Caminhoneiro, profissão liberdade

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A vida na estrada continua perigosa, os ganhos nunca estão à altura dos riscos e da importância da profissão, mesmo assim quem escolheu ser motorista de caminhão não pensa em mudar de atividade e, se tivesse que escolher, faria a mesma opção novamente.

Foi isso que apuramos em entrevistas feitas com leitores e parceiros para esta edição especial de julho, tradicionalmente considerado o Mês do Caminhoneiro e da Caminhoneira.

Um dos motivos que mantém o motorista de caminhão na profissão é a sensação de liberdade que só a estrada proporciona, ou, como dizem, “ter o diesel nas veias”: “Mesmo com todas as dificuldades e riscos, o espírito de liberdade é o que mantém a maioria dos caminhoneiros na profissão”, argumenta o mineiro Fabrício Borba, de Sete Lagoas (foto acima). “Sentir o vento na janela, respirar um novo ar, ganhar mais um quilômetro, dez, 100, partir, mas ter um novo encontro nem que seja com o destino. Eu tento descer do caminhão, colocar um motorista, ampliar os negócios, mas esta sensação de liberdade me mantém na profissão e dá ânimo para prosseguir”, explica.

Veja abaixo outras entrevistas que trazemos nesta homenagem a todos os profissionais que dividem com a Revista Carga Pesada esta jornada em busca de um horizonte mais promissor para esta profissão que precisa ser cada vez mais valorizada.

“Toda vez que aparece uma viagem, é uma alegria”

O mineiro Wellington da Torre está completando 51 anos de profissão. Colaborador da Revista Carga Pesada, ele conta que, mesmo tendo passado por lutas e dificuldades, acredita que a trajetória valeu a pena, “apesar da profissão de caminhoneiro ser muito desvalorizada”. Veja no vídeo os comentários deste veterano das estradas.

Minha realização

“Se eu fosse escolher hoje, com certeza escolheria novamente a profissão de caminhoneira, mesmo com os percalços que existem por aí. Isso aqui é minha vida, não me vejo mais sem essa profissão. É minha realização”.

Noemy Nascimento dos Santos, de São Paulo, há 15 anos na profissão.

Temos que nos unir

“Essa profissão foi um dom que Deus me deu, eu amo isso aqui. Como todas as profissões, tem seus altos e baixos, mas o dia a dia depende das suas ações, suas escolhas. Se nós estamos desassistidos é porque não fazemos nossa parte, de nos unir, e deixar que outros façam pela gente. Mesmo assim, se fosse para escolher hoje, novamente escolheria ser caminhoneiro”. 

Josinaldo João da Silva, de São Paulo, caminhoneiro desde 1991.

Legenda: Ronaldo com a esposa Simone e a filha Ana Beatriz

Quero voltar para a estrada

“Trabalhei 10 anos na cana e na estrada, em 2021 entrei na CPFL, empresa de distribuição de energia, estou todo dia em casa com a família. Mas quem tem sangue de caminhoneiro, não tem jeito. Quero voltar para a estrada, mas como autônomo, sem trabalhar prá ninguém”.

Ronaldo Temporim é filho de caminhoneiro e natural de Mineiros do Tietê, SP.

Vou para onde quero

Filho e irmão de caminhoneiro, Giva não se imagina em outra profissão que não a de caminhoneiro. Mesmo formado em Mecânica Industrial ele não pensa em deixar a estrada e resume o principal motivo em uma palavra: liberdade. “Como programador eu ganharia muito maismas ficaria preso. Como caminhoneiro, tenho meu próprio caminhão e vou para onde eu quero, para onde o vento soprar e Deus apontar”.  Natural da cidade de Oriente (SP), Giva Teixeira tem um Mercedes-Benz truck 1516 equipado com baú e costuma fazer a rota do Nordeste.

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