Se existe um segmento no qual a Lei do Descanso (12.619) está longe de ser respeitada, é o de transporte de frutas, verduras e legumes (ou, simplesmente, hortifrúti). Basta conversar com comerciantes e caminhoneiros numa central de abastecimento (ceasa), em qualquer cidade onde exista uma, que eles dão uma radiografia da situação. A coisa é feia, conforme constataram os repórteres da Carga Pesada. Nesse setor, o que “é de lei” é a carga horária, com horários bem apertados, e o pagamento de comissão e “por fora” para motoristas que cumprem jornadas suicidas, colocando em risco a própria vida e a dos outros para “salvar” cargas perecíveis. Nas próximas páginas, você vai conhecer o funcionamento de um mercado que, por praticar o frete de retorno aviltante, ainda acaba prejudicando outros setores do transporte de carga