A produção do extrapesado XF105 deve ter início em meados de 2013
Nelson Bortolin
A Paccar apresentou na Fenatran os primeiros caminhões DAF que serão produzidos na fábrica de Ponta Grossa (PR) a partir de meados de 2013, quando a unidade será inaugurada. O primeiro a ser montado e comercializado será o extrapesado XF105. Na sequência, Ponta Grossa vai produzir os médios CF e, por último, será implantada a linha de montagem dos leves, os LF.
Segundo Marco Antonio Davila, presidente da DAF Caminhões Brasil, o XF105, destinado a longas distâncias, estará disponível com cavalo mecânico 6×2, com eixos Meritor e Suspensys. O cavalo mecânico 6×4 terá eixos tandem Meritor de redução simples ou dupla. Esses modelos terão, opcionalmente, um sistema de freios pneumáticos com ABS.
O XF105 tem motor Paccar MX de 12,9 litros e seis cilindros, com potências de 410 a 510 cv, desenvolvido em parceria com a Cummins. O câmbio padrão será um ZF manual de 16 velocidades, tendo caixa automática AS-Tronic como opcional.A série CF estará disponível em configurações truck e rígida com dois, três ou quatro eixos, com acionamento simples ou duplo. Segundo o presidente, os veículos se destacam para os canteiros de obras. O motor é o mesmo do XF105, com rendimento de até 460 cv.
O DAF LF foi projetado para distribuição urbana e regional, com PBT entre 7,5 e 21 toneladas, em versões de dois ou três eixos. O motor é de quatro ou seis cilindros e a potência entre 140 e 300 cv. O peso bruto total é de 12 a 21 toneladas. Todos os motores, segundo a empresa, estão em conformidade com o Euro 5 e se utilizam da tecnologia SCR.
Davila disse que a DAF busca uma rede de 25 parceiros no Brasil nos próximos anos, que devem oferecer 100 concessionárias da marca em território nacional. “Vamos aproveitar a Fenatran para fazer contatos também com esse objetivo”, afirma.
De acordo com o presidente, a participação de mercado da DAF na Europa, no segmento pesado (mais de 15 toneladas), teve um crescimento que chegou a 15,3% no primeiro semestre deste ano. O objetivo de participação naquele mercado é de 20%.
“O extraordinário crescimento do Brasil se reflete no transporte. Temos a intenção de nos transformar em um importante participante do mercado brasileiro, oferecendo uma linha completa no País”, afirma. A fábrica do Paraná terá capacidade de produção de 20 mil caminhões/ano, mas, no primeiro ano, estima-se a fabricação de apenas mil unidades.
O grupo Paccar, que deve investir US$ 200 milhões em Ponta Grossa, também fabrica os caminhões Kenworth e Peterbilt, que servem ao mercado da América do Norte e de alguns países latino-americanos. Possui montadoras, fábricas de eixo e de cabine e centros de distribuição nos Estados Unidos, Canadá, Bélgica, Reino Unido, Holanda, Austrália e Chile.
No Brasil, segundo os representantes, devem ser instalados dois centros de distribuição, o primeiro em São Paulo e depois em Minas Gerais ou Rio de Janeiro.