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Empresário vê recuperação no transporte graneleiro

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Para Cláudio Adamuccio, no entanto, não se deve esperar fretes muito altos

 

Revista Carga Pesada

 

O ano será melhor para o transportador de grãos, mas não se deve esperar pelo frete nas alturas. É o que diz Cláudio Adamuccio, presidente do G10, mario grupo de transporte graneleiro do País, com sede em Maringá. Segundo ele, devido à quebra da safra anterior, que teria deixado 13 mil caminhões sem carga, muita gente deixou a atividade.

Por outro, Adamuccio cita alguns fatores que, na visão dele, não permitirão que os valores de frete voltem a patamares mais altos. Um deles é a organização dos portos, que tem evitado filas de veículos. “Os caminhões hoje não servem mais de cilos. Eles ficam parados na origem, esperando para serem carregados.” Com muitos caminhões vazios, os preços de frete são pressionados para baixo.

Um outro fator, na opinião do empresário, é que os agricultores construíram muitos cilos em suas propriedades, o que permite a eles venderem os grãos de forma mais cadenciada durante o ano. Por último, o presidente do G10 cita a organização das tradings. “Elas se reúnem através das associações. Discutem a demanda de cada uma. São no máximo uma centena. E as transportadoras são cerca de 120 mil no País”, declara. Essa discrepância deixa os transportadores com pouco poder de barganha.

O empresário conta que atualmente um frete entre Sinop e Santos custa R$ 290 a tonelada. Há três anos, eram R$ 340 a tonelada. “O frete nunca mais vai voltar a explodir. Daqui para frente, vamos trabalhar com menos volatilidade”, acredita.

Confira no vídeo entrevista concedida por ele à diretora da Carga Pesada, Dilene Antonucci, durante jantar oferecido ao G10 pela Scania/P.B. Lopes, dia 15 de março, em Maringá.

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