Nelson Bortolin
O transporte de cargas de projeto (cargas indivisíveis, excedentes em peso e ou dimensões) começa a enfrentar um problema já comum às demais: a fiscalização do excesso de peso. Por enquanto, apenas o Estado de São Paulo, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), fiscaliza o setor. Mas, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) está importando uma balança com o mesmo fim.
O assunto estará em debate no Seminário do Sindicato Nacional das Empresas de Transporte e Movimentação de Cargas Pesadas e Excepcionais (Sindipesa), dia 6 de junho, no Construction Congresso, em São Paulo. “Algumas concessionárias de rodovias paulistas como a Ecopistas também se preparam para fazer esse controle de peso”, afirma o engenheiro mecânico Rubem Penteado de Melo, que será um dos palestrantes.
Ele conta que não existe no País um manual ou qualquer literatura técnica para orientar a forma correta de carregamento da carga indivisível ou excepcional, de forma a evitar o excesso de peso. “No seminário, vamos debater esse assunto, trocar informações e começar a definir parâmetros. Precisamos nos antecipar e começar a preparar as empresas para essa nova realidade”, declara.
O engenheiro lembra que o excesso de peso é danoso para o pavimento, além de levar insegurança ao trânsito de veículos. “As concessionárias estão preocupadas com esta questão. Da mesma forma que o Ministério Público vem ajuizando ações para que o Estado resolva este problema. Os promotores e procuradores entendem que o excesso de peso, além de provocar acidentes, dilapida o patrimônio público”, afirma.
A Politran Tecnologia e Sistema foi a empresa que ganhou a licitação do DER-SP para trazer. da Suécia para o Brasil. o Sistema de Pesagem Portátil Estático de Pesagem de Caminhões Superdimensionados – homologado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Segundo o gerente comercial, Waldemir Garcia Gonzales, um único equipamento, transportado por uma van, é suficiente para cobrir todo o estado.
A balança é alugada ao DER pela Politran, que também disponibiliza a equipe que opera o equipamento. Ela está em funcionamento desde setembro de 2011 e, de acordo com Gonzales, o número de veículos levando cargas superdimensionadas com excesso de peso diminuiu bastante desde então. “No começo, todos apresentavam excesso. Ninguém se preocupava com isso. Agora, quase toda carga está regular”, esclarece.
Sem fiscalização, era comum a transportadora informar na Autorização Especial de Trânsito (AET) um peso menor do que o real. Com isso, pagava taxas menores para transportá-la. “Pelo menos por enquanto, não há multa por excesso de peso. O que ocorre é que o veículo fica parado até que a AET seja corrigida”, explica Gonzales. Supostas diferenças de taxas precisam ser recolhidas para liberar o veículo.
O gerente explica que não é em todo lugar que a balança pode ser instalada. Ela depende de um pavimento com resistência para suportar o peso. Mas, como a pesagem é agendada com antecedência e o equipamento é que vai até o caminhão, a empresa não tem encontrado dificuldades.
O seminário do Sindipesa será coordenado pelo vice-presidente executivo da entidade, João Batista Dominici, e terá palestras do DER-SP e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Confira programação:
Data: 6 de junho de 2013 (14 às 18 horas)
Local: Rodovia dos Imigrantes, km 1,5
Valor do investimento: R$ 100
Inscrições e informações: (11) 3259-6688/1719 ou clicando aqui
1. Abertura ao tema: engenheiro João Batista Dominici – Sindipesa
2. Legislação de pesos e dimensões e pesagem de cargas rodoviárias: engenheiro Rubem Melo – Transtech
3. Pesagem de cargas indivisíveis: Reinaldo Lima Ribeiro, da Politran, representando o DER-SP
4. Fiscalização do excesso de peso em rodovias federais concessionadas: Nauber Nascimento – ANTT
3 Comentários
OLHA ESSE NEGÓCIO DE PESO É TUDO PAPO FURADO, AQUI NO ESPÍRITO SANTO A TURMA QUE TRANSPORTA PEDRA PRINCIPAMENTE OS QUE TEM BITREM CURTO DE 9 EIXOS, ESTÃO TRANSPORTANDO ATÉ 110 TONELADAS E A PRF, DNIT E ANTT NÃO FAZ NADA-NADA-NADA. É SÓ ANOITECER QUE AS CARRETAS SAEM DA TOCA, E ELES SABEM, MAS…
a situação do excesso de peso não dá lucro ninguém, agora estas peças indivisíveis realmente é dificil, acredito que tenha algumas que embora com balança especial , não adiantaria , pois não teria como dividir o peso, acredito que nestes casos teria que ser cobrado taxas altas pelo uso do pavimento em que transitar o veículo com a carga, e quanto os bitrens no Espirito Santo tem que pegarem e prenderem os veículos e quem carrega os mesmos, dai acabaria com este desmando
Concordo com o amigo acima, se estivessem mesmo preocupado com excesso de peso a proibição do rodotrem deveria de ser imediata, pois não ha necessidade do equipamento em vias ou rodovias para o transporte a granel ou fracionado, e este tipo de transporte (cargas especiais) precisa ser transportada desta forma pois são peças que precisa ser montadas em grandes caldeiraria usinas em fim em uma oficina de grande porte, mas o sistema de fiscalização no nosso PAÍS é muito lucrativo, e aproveitando o espaço o ARTESP o que acontece com as fiscalizações feitas na rodovia ANCHIETA e principalmente a rodovia AILTON SENNA, pois da saida da marginal tiete ate a cidade de mogi das cruzes a rodovia esta de pessima qualidade, as depressões na pista chega até levantar o pneu do solo de veiculos leves e pesados não para nada em cima do painel do veiculo, acorda usuario nos pagamos por isto então vamos exigir e cobrar da artesp.