“Muitos motoristas realizam manutenções preventivas e corretivas somente em seus caminhões, não se preocupando com a verificação e manutenção periódica do funcionamento do sistema de freios dos implementos que rebocam, deixando para o cavalo-mecânico a responsabilidade de parar também o semirreboque”. A afirmação é de EustaquioSirolli, gerente sênior de Treinamento de Vendas e Pós-Vendada Mercedes-Benz do Brasil, área que está comemorando 30 anos de atuação e o treinamento de mais de 200 mil motoristas.
Em pesquisa de campo realizada pela montadora constatou-se que 100% das carretas estavam equipadas com freio a tambor e mais de 50% tinham folga lona-tambor acima do valor especificado que é de, no máximo, 0,7 mm. Além disso, a pesquisa constatou que 40% dos cavalos mecânicos atrelados não apresentavam antecipação de freios para as carretas criando uma situação na frenagem desses veículos na qual o cavalo-mecânico precisa “segurar” o implemento.
Carretas equipadas com freios a tambor podem apresentar potência de frenagem inferior a do sistema de freios dos cavalos-mecânicos, sobrecarregando-os durante as frenagens. Com isso, elas “empurram” o cavalo-mecânico e esse tem que frear pelos dois, prejudicando a dirigibilidade e danificando discos, pastilhas, rolamentos, retentores e até cubos de rodas.
Foi para evitar este tipo de situação que a área de treinamento da Mercedes-Benz lançou a cartilha Manutenção de Freios de Carreta. O livreto traz diversas recomendações como, por exemplo, verificar sempre a espessura das lonas e as condições dos tambores de freios; utilizar sempre, na carreta, lonas de freio de alta qualidade com coeficiente adequado de atrito; atentar para os pneus desgastados, que podem afetar as condições de frenagem, mesmo em veículos com sistema de freio em boas condições; verificar a regulagem da antecipação de freios da carreta.
Outra providência importante é a verificação constante do sistema de ar comprimido, para prevenir vazamentos em conexões, vedações, mangueiras, válvulas, cuícas e tristops.
Devido ao seu comprimento, perdas nas tubulações e atrito do ar com o circuito de ar comprimido, a carreta demora mais a responder a uma frenagem do que o cavalo-mecânico. Por isso, na aplicação dos freios, deve haver uma antecipação de frenagem da carreta, evitando assim a transferência de carga para o cavalo.
Os sistemas de freios pneumáticos dos cavalos-mecânicos permitem que se regule a antecipação de frenagem dos semirreboques.
A área Global Training da Mercedes-Benz oferece o curso Técnicas de Operação, que tem duração de 8 horas (módulo básico) ou 16 horas (avançado). Esses treinamentos proporcionam ganhos concretos como economia de combustível, melhora de 20% no tempo de percurso, o que significa entregas mais rápidas,e ainda uma redução substancial, próxima de 50%, no número de troca de marchas, com o motorista fazendo menos esforço e o câmbio ganhando maior durabilidade.
Os interessados poderão entrar em contato com a concessionária Mercedes-Benz mais próxima para maiores informações.
1 comentário
Quando é que nossa legislação vai começar a exigir somente o freio a disco tanto para o cavalo mecânico quanto para o semi-reboque que é mais eficiente, seguro e ainda por cima de fácil manutenção, o custo é uma questão de popularização. Eu digo legislação no sentido que torne mais fácil a disseminação deste produto para os nossos caminhões fabricados no Brasil.Atenciosamente,Nelson