Montadora aposta num crescimento mínimo de 10% do mercado; em cenário mais animador, aumento pode chegar a 15%
Uma safra agrícola razoável, o bom momento do setor sucroalcooleiro, a curva descendente da taxa de juros, a inflação controlada e o desemprego em baixa. Esses são os fatores que levam a Volvo a apostar nas vendas de caminhão em 2024.
A avaliação foi feita para a Revista Carga Pesada pelo diretor executivo da Volvo Caminhões, Alcides Cavalcanti, durante evento de divulgação do balanço de 2023 da montadora.
“Nós temos uma safra agrícola que vai ser forte, apesar da quebra em função da questão climática, mas ainda assim vai ter um volume, espera-se, que seja o segundo maior volume de produção de grãos da história”, afirma.
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Na visão do executivo, o ano também tem “pontos de atenção”. Entre eles, os preços das commodities agrícolas. “A gente precisa acompanhar de perto essa questão da safra agrícola, que vai ter um volume forte, mas o preço das commodities está sendo reduzido e, nesse sentido, a tendência é que o produtor de grãos segure a sua produção, como aconteceu em algumas situações no ano passado, ao invés de transportar.”
Outro ponto de atenção é que, apesar da curva decrescente, os juros ainda estarão num patamar elevado no ano.
No balanço entre fatores positivos e negativos, Cavalcanti conta com o crescimento do mercado. “Enfim, esses fatores todos combinados, a nossa previsão é de um aumento de mercado de caminhões acima de 16 toneladas entre 10 e 15%. Então, se os ventos forem mais favoráveis, a tendência é mais para 15%. Se não forem tão favoráveis, pelo menos um crescimento de 10%”, alega.