Luciano Alves Pereira
Há sete anos, a primeira PPP (parceria público-privada) do governo mineiro segue em marcha reduzida na MG-050. Foi a primeira do País. Começou com pedágio de R$ 3,30 e hoje está em R$ 4,70, em seis postos de cobrança, entre Juatuba e São Sebastião do Paraíso. A MG-050 liga a capital ao Oeste e Sudoeste de Minas. Seu traçado é único por se tratar de extensa rodovia troncal estadual, unindo a região central do Estado ao Norte de São Paulo, principalmente a Ribeirão Preto. Pelas intenções da Secretaria Estadual de Transportes e do DER-MG, as adequações deveriam estar bem adiantadas. Deveriam…
Os custos, calculados lá atrás, são números superados. Há pouco mais de um ano, o então secretário dos Transportes, Carlos Melles, admitiu que o governo estadual pretendia fazer um aporte de R$ 255 milhões, para a duplicação de Itaúna a Divinópolis, além de outras obras. Mas a segunda pista de cerca de 33 quilômetros ainda não saiu do papel.
Como se sabe, a economia de Minas Gerais em 2014 capotou. No entanto, o usuário vê homens e máquinas trabalhando ao longo da via. A concessionária da estrada (Nascentes das Gerais) mexe em diversos subtrechos. Entre outros, os de Mateus Leme, Azurita e Itaúna. Há poucos dias, um complexo rodoviário no cruzamento da MG-050 com a MG-431 (ligação Itatiaiuçu-Pará de Minas) foi aberto ao tráfego. As obras vão do km 84,7 ao 89,5, afinal tornando decente a travessia urbana de Itaúna.
São 4,8 quilômetros de pista dupla mais duas passagens em dois níveis. A Nascentes informa que investiu R$ 38,5 milhões no complexo viário. No piso novo ressalta o acabamento áspero, lixoso mesmo. Sob pneus, o ruído e a vibração são bem mais perceptíveis do que os das BRs federais. “É um moderno procedimento de engenharia chamado Tratamento Superficial Duplo (TSD), baseado nas Normas Técnicas rodoviárias vigentes”, diz Pedro Blank, assessor de imprensa da concessionária.
Pelas suas explicações, a camada superior leva um polímero cujo “principal objetivo é melhorar as condições funcionais e estruturais do pavimento”. Na prática, continua, “representa maior aderência dos pneus do veículo ao piso; nos pontos em que já foi implantado, as derrapagens foram eliminadas”.
As melhorias de Itaúna esperaram por décadas. Para quem passa por ali diariamente, há bons motivos para comemorar.