Revista Carga Pesada
Orientar o caminhoneiro para que faça a compra correta. É isso que promete a Omni Financeira, empresa que há 21 anos oferece financiamento a autônomos na aquisição de veículos seminovos. Com o trabalho de assessoria, a financeira busca se diferenciar no mercado. “Antes de concedermos o crédito, nós entrevistamos o caminhoneiro para saber qual atividade ele vai desenvolver com o caminhão”, conta Tadeu Silva, vice-presidente da companhia.
De acordo com ele, “às vezes” o motorista busca um caminhão 2010, mas vai realizar um trabalho para o qual um veículo 2000 já é suficiente. “Nós procuramos conhecer o plano de negócios do profissional para oferecer o caminhão mais adequado”.
Silva diz que a Omni conta com uma “plataforma de pesados”, ferramenta que ajuda a financeira nesta assessoria. “Sabemos quanto cada modelo de caminhão pode trazer de renda para o profissional. A conta tem de ser assim: um terço da renda vai para pagamento da prestação, um terço para manutenção e combustível, e um terço para o caminhoneiro levar para casa”, explica.
Para o vice-presidente, as linhas do BNDES “têm boas intenções”, mas não chegam aos caminhoneiros autônomos. “Esse grupo está desassistido”. Ele diz que, desde que foi criada, há 21 anos, a Omni se preocupou com esse público. “Olhamos esse mercdo de caminhões com 10 anos ou mais de fabricação. O público desses produtos não tinha acesso a linha de crédito. Vimos oportunidade de trabalhar com ele”.
Silva lembra que o grande sonho do caminhoneiro é ter seu próprio caminhão. “Mas, nós nos empenhamos para que esse sonho não se torne um pesadelo. Ele precisa de tranqulidade para trabalhar. Então, não pode ficar com uma prestação que o deixe preoupado”, afirma.
Segundo o vice-presidente, o segmento de caminhões seminovos é tão rentável quando o de carro de passeios. Mas a inadimplência e os atrasos nas prestações são mais frequentes entre caminhoneiros. “Ocorre um acidente e o caminhoneiro fica sem renda até que o caminhão volte a rodar. Então, a gente tem de entender essa situação”, conta.
Para Silva, quando a carta-frete for abolida de fato e todo caminhoneiro passar a usar cartão eletrônico, ficará mais fácil para o profissional comprovar renda e obter financiamento. Mas, de acordo com ele, na Omni, comprovação de renda não é um problema. “Você só não comprova a renda se não quiser. O caminhoneiro tem o recibo de frete. Tem como comprovar que é do ramo e quanto ganha”, destaca.
De acordo com Tadeu, o valor médio financiado para caminhoneiros é de R$ 30 mi, em 38 meses. E a taxa média de juros é de 2,5% ao mês. A Omni Financeira tem 105 lojas espalhadas no País.
2 Comentários
Gostaria de saber porque não posso, ter a segunda chance de financiar outro caminhão vou ter castigo o, resto, da vida desde de ja agradeço.
É com muito prazer que sempre escrevo para esta revista, que é o melhor veículo de comunicação do caminhoneiro. Quero falar a respeito do benefício que conseguimos baixar o imposto de renda de 40% para 10% para os autônomos. Foi muito bom e eliminou a carta frete. Não sou contra o cartão frete mas junto com ele veio o CIOT que obrigou todos os autônomos que têm um ou mais caminhões a abrir uma empresa para poder trabalhar e continuou pagando muito imposto de renda. Isto acabou com os autônomos, não adianta haver prazos longos, juros baixos, caminhão novo, pró-caminhoneiro, com um frete do jeito que está que não cobre nem as despesas do caminhão quanto mais pagar parcelas. Até hoje não achamos alguém inteligente para ver que isso não funciona e resolver o problema.