Peso dos impostos sobre o combustível vai de 26% a 37%, dependendo do Estado
Nelson Bortolin
O governo federal convocou uma reunião com representantes dos caminhoneiros, que fazem nesta quarta-feira (23) seu terceiro dia de greve, para esta tarde em Brasília. A proposta que deve ser apresentada para a categoria é a de que a União abre mão de cobrar a Cide sobre o óleo diesel. A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) já adiantou que a medida é insuficiente porque a contribuição representa apenas cinco centavos no valor do combustível.
Os impostos federais e estaduais representam de 26% a 37% do preço do óleo diesel S 500 nos potos de combustíveis, dependendo do Estado. O cálculo foi feito pela Carga Pesada com base em levantamento da Fecombustíveis e também nos valores médios do diesel que constam do Ato Cotepe, número 9, do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).
A soma dos tributos federais (Cide + PIS/Cofins) é de R$ 0,652 sobre o litro para o período de 16 a 31 de maio. O valor é fixo. Já os estaduais variam de acordo com as alíquotas de cada unidade da federação. Proporcionalmente, São Paulo é onde os tributos menos pesam sobre o preço. Já no Amapá eles têm o maior peso. Ver quadro.
Os valore médios do diesel calculado pelo Confaz são pouco inferiores aos do levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para o mesmo período. Quando usados os da ANP, o peso dos impostos varia de 24% em São Paulo a 35% no Amapá.
Só para se ter uma ideia, não fossem os impostos, o diesel S 500 custaria R$ 2,51, em vez de R$ 3,38 em São Paulo; R$ 2,65, em vez de R$ 3,74 em Mato Grosso; e R 2,53, em vez de R$ 3,99 no Amapá.
A Associação dos Caminhoneiros do Brasil (Abcam) convocou entrevista coletiva em Brasília para as 17 horas, quando serão apresentados os resultados da reunião com o governo.
Veja vídeos da greve feitos pela Carga Pesada na BR 376, no Paraná e em Santa Catarina.
Já começa a faltar combustível em algumas cidades do Paraná.Trânsito complicado em trechos como a saída de Curitiba para Joinville, na BR 376, que por volta das 18hs00 desta terça só estava liberado em meia pista.Os caminhões parados ao longo da pista ou simplesmente estacionados em seus locais de origem, praticamente sumiram das rodovias.
Posted by Revista Carga Pesada on Tuesday, May 22, 2018
Caminhões somem das rodovias e, portanto, das praças de pedágio
Posted by Revista Carga Pesada on Tuesday, May 22, 2018