Ao completar 30 anos, Letsara Transporte e Logística é premiada por redução de poluentes
A economia de 2,5 mil quilos de graxa por ano e mais de 90 mil litros de diesel por semestre foram algumas das conquistas que levaram a Letsara Transporte e Logística a vencer o Prêmio de Sustentabilidade Setcesp (Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo), iniciativa da entidade em parceria com a revista Transporte Moderno.
Além da conquista do prêmio, a transportadora está comemorando 30 anos de mercado. Entre outras medidas sustentáveis adotadas, desenvolveu junto com a Jost – empresa do Grupo Randon – um modelo de quinta-roda que dispensa o uso de graxa. “Sempre tivemos preocupação com o meio ambiente e a logística reversa. Uma transportadora utiliza vários insumos e precisamos dar destinação correta a eles”, explica o diretor Comercial, Glauco Warpechowski. “A conscientização de toda a equipe, e principalmente dos motoristas, quanto à diminuição da emissão de poluentes é uma grata realidade”, complementa.
Além de economia de combustível, o programa de treinamento dos motoristas gerou uma redução de 650 toneladas de gás carbônico num período de seis meses.
Segundo o diretor, o programa de sustentabilidade da empresa começou com um “time de colaboradores” que mapeou os setores nos quais seria possível reduzir a geração de resíduos poluentes ou nocivos para a natureza. “Conforme os benefícios foram aparecendo, o time foi se multiplicando e as ações estendidas a outros setores”, conta.
Com sede em Ijuí (RS) e uma frota disponível de 850 equipamentos com idade média de 2,5 anos, a empresa completa três décadas num momento de profissionalização do setor. “Durante muitos anos, os diferenciais no mercado eram o caminhão e o motorista. O mercado hoje é outro: precisamos olhar a atividade muito além do caminhão e do motorista. Precisamos pensar a atividade com foco na formação de profissionais, conectividade, inteligência artificial e sustentabilidade”, explica.
Questionado se os embarcadores valorizam o transporte, o diretor declara: “Da mesma maneira que ocorre no mercado de trabalho, se você não está satisfeito com a sua posição ou remuneração, você busca alternativas”, compara.
Quando o embarcador não reconhece o serviço prestado, na opinião do diretor, é hora de se estabelecer um diálogo franco e aberto. “Não havendo possibilidade de equilíbrio, o passo seguinte é buscar outro cliente. Não existe perpetuação de companhia sem lucro. Ele é básico e essencial.”
Warpechowski classifica como especulação as declarações de determinados embarcadores que ameaçam implantar frotas para fazerem transporte de carga própria. “É natural este movimento em qualquer atividade terceirizada quando o contratante sente-se inseguro e ou ameaçado. Mas não nos preocupa porque ser transportador é muito mais que ter o ativo (cavalo mecânico e semirreboque)”, declara.
Ele ressalta as dificuldades enfrentadas pelas empresas de transporte e a “extrema” complexidade da atividade. “Não há sobrevivência sem que se tenha, além de uma excelente gestão, contínuos investimentos em pessoas, ferramentas e inovação tecnológica”, justifica.