Reprodução TVCA
Movimento acredita que Abiove possa fazer uma convocação nesta segunda-feira
Nelson Bortolin / Revista Carga Pesada
Transportadores que participam do bloqueio de caminhões graneleiros em Rondonópolis, que teve início na sexta-feira (13), têm esperanças de que as tradings possam convocá-los para negociação nesta segunda-feira (16). De acordo com o empresário Gilson Baitaca, uma das lideranças do Movimento dos Transportadores a Granel, há informações não oficiais de que a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que representa parte importante dos embarcadores, chamou seus associados para uma reunião para discutir o protesto.
Os manifestantes – empresários e caminhoneiros autônomos e empregados – querem que seja estabelecido um piso mínimo para o frete de grãos, que está bastante defasado (clique aqui para ver reportagem da Revista Carga Pesada a respeito do assunto).
Baitaca explica que somente os caminhões graneleiros estão sendo parados nos trevos da cidade. Mas eles não ficam nas rodovias. São encaminhados a postos de combustíveis e também ao antigo aeroporto municipal. “Calculo que a gente tenha cerca de 1.500 caminhões parados em Rondonópolis e mais 1.500 parados em postos entre Rondonópolis e Cuiabá”, declara.
O empresário garante que o protesto está sendo feito de forma pacífica e que não houve nenhuma ocorrência até agora. “Alguns bate-bocas sempre acontecem, mas nenhuma agressão física”, alega.
O agente Alcindo, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), confirmou à Carga Pesada no início da noite deste domingo (15), que não houve nenhum caso de violência durante a manifestação. Ele conta não haver estimativa sobre o número de veículos que participam do protesto, mas diz que Rondonópolis está “lotada” de caminhões. Questionado sobre a projeção feita por Gilson Baitaca, respondeu: “Pode ser que existam sim 1.500 veículos parados na cidade”.
A reportagem tentou contato com a Abiove na sexta-feira assim que teve início a manifestação. Mas assessoria informou que o porta-voz da entidade estava viajando e que não poderia adiantar nenhum posicionamento a respeito das reivindicações dos transportadores.