Luciano Alves Pereira
A primeira impressão é a que fica, diz o dito popular. Pois o estradeiro Pedro Ferreira dos Santos, gente boa de Irati (PR), confessa que teve ótima impressão em sua primeira viagem com o Mercedes Actros 2546 (6×2). Ele saiu de Ponta Grossa (PR), puxando bitrem-basculante de sete eixos, carregado com 37 toneladas líquidas para São Paulo. O CVC, de propriedade da Transportadora Boa Viagem, recarregou em Cubatão, vindo para Belo Horizonte. Os Actros importados da Alemanha começam a aparecer nas nossas estradas. Sua característica é a abundância de dispositivos eletrônicos. Alguns inéditos na praça.
O Actros mostrou-se mais econômico do que o Mercedes Axor, caminhão anterior que Pedro dirigia. Já na estreia, fez 1,95 km/l, mesmo nas mãos de um motorista que não está acostumado ao câmbio automatizado, sem pedal de embreagem. Pedro admite que “passou sufoco” por falta de prática. Na Serra do Cafezal, na Regis Bittencourt (BR-116), “havia muito tráfego e deu um pára-e-anda prolongado”, que o obrigou a parar no morro. “Foi aí que eu vi a utilidade do hill holder (auxiliar de partida em rampa)”, elogia. O bloqueio impede que o bruto desça de ré, mesmo sem pisar no freio.
Da experiência, Pedro Ferreira solta um alerta. Embora tenha recebido as instruções da Entrega Técnica na concessionária, ele acha que “é preciso mais tempo de treinamento”, devido ao número de dispositivos embarcados. Em outras palavras, “caminhão deixou de ser tudo igual”. O novo agregado de recursos necessários e/ou úteis faz a diferença.
Francisco Espinosa, instrutor da concessionária Londrina Caminhões, de Londrina (PR), diz que é normal o estranhamento do Pedro. O ideal, segundo ele, é que o motorista tenha um tempo de direção no caminhão sem embreagem, antes de enfrentar situações como subidas de serra ou trânsito engarrafado. “Mas nossa experiência tem mostrado que em pouco tempo o novo sistema é assimilado”.
Eaton apresenta nova geração do Superchager
A Eaton apresentou a sexta geração do Supercharger, equipamento que melhora a eficiência do consumo de combustível e reduzir emissões.
O novo Supercharger tem peso e tamanho 25% menores que o anterior e produz menos ruído.
“Quanto menores forem os motores, melhor será a combustão e o desempenho e menor será a poluição”, afirma Ricardo Dantas (foto), diretor de marketing do Grupo Veículos da Eaton.
No processo de evolução dos motores, na continua busca por menores emissões, o equipamento pode ser uma opção para compensar uma possível redução de potência já que atua diretamente na performance do conjunto.