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Os desafios da rota dos minérios

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Depois da safra de grãos e da cana, a Carga Pesada e a Mercedes-Benz trazem uma reportagem sobre a Rota dos Minérios. É a continuidade do projeto As estradas falam, a Mercedes-Benz ouve e a Revista Carga Pesada publica. Veja vídeos desta matéria em nosso site, no Facebook e Youtube

O motorista Enéas Leite Fernandes: emprego bom é aquele em que se passa o fim de semana em casa

Força e robustez são palavras-chave no transporte de minérios. Foi o que constatamos em visitas a duas empresas do ramo na região de Belo Horizonte: a Flapa Engenharia e Mineração e a Ferro+ Mineração, do Grupo J.

Mendes.

A Flapa, empresa com mais de 25 anos de mercado, utiliza em suas operações o Mercedes-Benz Axor 4144 com tração 6×4 e caçamba de 16 m³. Já a Ferro+ optou pelo Actros 4844 8×4, que opera com caçamba meia-cana de 20 m³. Ambas atendem clientes gigantes e tradicionais do setor, como a Vale e a CSN.

A Mercedes-Benz lidera o segmento de caminhões fora de estrada com mais de 50% de participação de mercado no acumulado de 2017. Nas condições severas das cavas de mineração, os modelos da montadora estão mostrando que aguentam o tranco e ainda oferecem conforto aos operadores.

“Padronizando a frota, facilitamos nossa gestão”, afirma Paulo Thiago Miranda, gerente geral da Flapa

A Flapa possui uma frota de 200 caminhões, todos Mercedes-Benz. “Nossa prioridade é a excelência operacional, por isso trabalhamos com as melhores marcas, que são a Caterpillar, no caso das máquinas, e a Mercedes nos caminhões. Padronizando, facilitamos nossa gestão”, afirma Paulo Thiago Miranda, gerente geral da empresa.

Em função das margens cada vez mais apertadas, a mineradora optou por ter sua própria área de manutenção, além de caminhões e máquinas reservas para cobrir emergências. O sistema funciona bem, tanto que no dia da nossa visita a oficina da operação de Belo Vale (também existe uma base em Araxá) estava vazia e todos os equipamentos em plena operação na mina.

Anderson Flores, da Mercedes-Benz, Paulo Thiago Miranda, Luiz Mateus de Almeida, Túlio Souza e Maurício Wenceslau, da Flapa

Segundo Túlio Sousa, responsável pela área, depois do diesel, o óleo lubrificante, os filtros para manutenção preventiva e os pneus são os itens de maior peso na planilha. Na mineração, o controle é feito por horas de operação, e a cada 250 horas em média – 30 a 40 dias de atividade – os primeiros itens precisam ser trocados. Uma análise favorável da qualidade do óleo pode estender a troca para até 500 horas, e ainda evitar danos maiores nos componentes principais através da identificação de desgastes que são evidenciados através da análise de óleo. Já na economia com pneus, os cuidados com a calibragem, rodízio, e com a manutenção das estradas são essenciais para prolongar a vida dos pneus que são recapados em média três vezes na operação da mineradora.

Em tempos de baixa oferta de emprego, os motoristas demonstram satisfação com o trabalho. Enéas Leite Fernandes já dirigiu o “Centopeia”, como é conhecido entre os mineiros o Actros 4844 8×4, por ser curto e ter quatro eixos, e hoje está com um Axor 4144. Ele destaca a força e a economia do veículo. Diz que, para ser um bom motorista, o mais importante é gostar da profissão e também conhecer o equipamento. Enéas já trabalhou com caminhão rodoviário, mas optou pelo transporte de minério para estar todo dia em casa, ao lado da esposa e da filha. Ele trabalha das 7 às 17 e folga nos fins de semana. “Salário não é tudo, importante é a gente fazer o que gosta e estar bem com a família”, resumiu.

Um Actros 4844 , o “Centopeia”, recebe sua carga: o serviço não é pra qualquer um

TIRO CURTO – Com base em Ouro Preto, a mineradora Ferro+ conta com uma importante vantagem operacional: estar situada bem próxima de seus principais clientes, a Vale e a CSN. Com as curtas distâncias entre elas, as entregas de minério beneficiado podem ser feitas por acessos internos, reduzindo a utilização da movimentada BR-040. “As distâncias são de 6,5 a 8 quilômetros, em média, o que otimiza as entregas e diminui o tempo gasto durante o transporte”, explica o superintendente de mineração, Gilmar Vieira, profissional com mais de 25 anos de experiência no ramo da mineração e que está há cinco anos à frente da empresa.

Presente no setor de mineração há mais de 50 anos, o grupo J. Mendes está em processo de expansão das minas da Ferro+ e de sua outra unidade, a JMN Mineração, que fica na cidade de Desterro de Entre Rios. Além dos projetos em andamento, o grupo está em processo de licenciamento para abertura de novas minas, também em Minas Gerais: “Nossa previsão para este ano é produzir cerca de 5 milhões de toneladas de minério de ferro, contra 3,4 milhões produzidos no ano anterior”, estima Gilmar.

A empresa tem metas ainda mais ambiciosas para 2019, quando espera um crescimento de 30%, proporcionado pelas expansões e novas minas. Para conseguir tornar essas metas realidade, o desafio é baixar ao máximo o custo por tonelada transportada pela frota composta por 25 caminhões, dos quais 19 são Mercedes-Benz Actros 4844. “Nosso empenho é estar sempre à frente em termos de tecnologia”, comenta Gilmar. Ele acrescenta que a escolha dos caminhões da Mercedes- -Benz foi resultado da confiabilidade da marca: “Temos disponibilidade constante do equipamento, além de segurança e conforto para o operador”, explica. O motorista Ednailson de Souza Lima reforça as palavras de Gilmar.

Ele destaca que o Actros é um caminhão forte e que desenvolve o trabalho em qualquer clima com segurança: “Além disso, tem uma cabine confortável, com banco reclinável e ar condicionado”, lembra. Embora tenha caixa automatizada, na maior parte do tempo na mineração é muito comum o engate manual: “Numa descida com piso úmido, por exemplo, ele poderia pular marcha e acelerar. No manual dá mais segurança”, explica.

Ednailson de Souza Lima, da Ferro+: o Actros oferece segurança com qualquer clima

MEIO AMBIENTE – A Ferro+ utiliza desde 2014 e a Flapa também está investindo no processo de filtragem do produto e do rejeito, dispensando o uso das barragens para armazenamento e contenção de resíduos resultantes do processo de beneficiamento. Nesse modelo, as barragens são substituídas por pilhas de rejeito já seco resultante do processo de filtragem e diques menores de decantação, chamados de baias. Outra frente de trabalho das duas empresas com foco no meio ambiente é a reutilização da água.

No beneficiamento a úmido, elas utilizam a filtragem e baias de contenção para maior recuperação da água do processo de concentração do minério. Já no processo a seco, a água é dispensada na britagem e peneiramento. Este sistema, no entanto, só pode ser utilizado em minas de alto teor de ferro.

Gilmar Vieira, da Ferro+: “Nosso empenho é estar sempre à frente em termos de tecnologia”

Conheça o Projeto Na Rota dos Minérios, uma parceria da Revista Carga Pesada e ‘Mercedes-Benz Caminhões’ (@mercedesbenzcaminhoes)

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