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Mudança de matriz energética leva tempo

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Presidente da SAE Brasil, Camilo Adas analisa as tendências para o futuro do transporte de carga

A mudança de uma matriz energética para outra não se dá do dia para a noite. Os países vão construindo suas alternativas ao longo dos anos. É o que afirma o presidente da SAE Brasil, Camilo Adas, numa entrevista para o Grupo Carbono Zero sobre as novidades apresentadas no  IAA Transportation 2022, feira realizada nesta semana em Hanover, na Alemanha. “Se a gente olhar quando a crise do petróleo começou a assustar e o Brasil tomou a decisão de fazer o Pró-Alcool, em 1975, demorou muitos anos para a gente ter uma infraestrutura. Hoje temos uma economia de etanol estabelecida”, exemplificou.

Basicamente, as montadoras têm dois caminhos pela frente. “Vemos algumas que estão indo mais para o caminho da eletrificação, outras que vão mais para o caminho do biogás, biometano.”

No IAA foram apresentados diversos modelos elétricos e alguns protótipos de veículo a célula de combustível (fuel cell), que é uma forma mais futurista de eletrificação, e tem como base o hidrogênio.

Devido ao peso das baterias, a tendência é que os motores elétricos se expandam nos veículos de menor carga, que fazem viagens mais curtas. “Quando você precisa de maior carga, menor tara, e maior distância, os motores elétricos começam a ficar limitados. Primeiro pelo peso das baterias, que reduzem a carga líquida, e também pela limitação de fornecimento de energia, pela demora no recarregamento dessas baterias, o que vai determinar o quanto o veículo vai ficar parado.” Os fuel cell são uma tendência para esse tipo de transporte mais pesado.

O Grupo o Grupo Carbono Zero reúne jornalistas e publicações como a Revista Carga Pesada para uma cobertura sustentável do IAA. Confira a entrevista de Adas na íntegra no vídeo abaixo:

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