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Não há vantagem para posto ser PPD, diz empresário

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Diretor da Fecombustíveis afirma que o cadastro no Ministério dos Transportes só gera despesa; ele também critica o fato de as transportadoras comprarem diretamente o diesel para seus caminhões
Nelson Bortolin
De cerca de 4 mil postos de combustíveis localizados nas rodovias brasileiras, apenas 176 estão hoje reconhecidos no Ministério dos Transportes como Ponto de Parada e Descanso (PPD) de caminhoneiro. E esse número não deve aumentar na visão de Giancarlo Pasa, diretor da rede de postos Túlio e também diretor da federação que representa o setor, a Fecombustíveis.
“Os postos não vão manifestar interesse (em se cadastrar como PPD) porque não têm nenhum tipo de perspectiva de receita, só de despesa com relação a isso. Nunca houve por parte do governo nenhum tipo de contrapartida para gente”, disse ele à Revista Carga Pesada.
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Pela legislação, ao tornar-se um PPD cadastrado pelo governo, o posto precisa oferecer serviços mínimos gratuitos aos motoristas, como água potável, banho e local para estacionar o caminhão. O estabelecimento não pode condicionar a prestação desses serviços ao abastecimento do veículo.
A lei permite ao posto cobrar pelo estacionamento somente se for oferecida uma área cercada e com vigilância.
Pasa diz que, nos últimos tempos, os postos de combustíveis de rodovias estão enfrentando uma redução de clientes. “Hoje, a maioria das transportadoras está colocando tanque próprio”, alega. “Já mandam o caminhão para a rodovia abastecido.” Esse fato faz os donos de postos terem ainda menos interesse em ser PPD.
Pasa calcula que um banho custa entre R$ 12 e R$ 15 para os estabelecimentos. Além disso, o caminhoneiro deixa outras despesas nos postos. “Quando ele abre a gaveta para fazer uma refeição, certamente vai gerar lixo. As rodovias não têm coleta de lixo e nós temos de pagar para dar destinação a isso.”
Os estabelecimentos, em geral, também não contam com rede de esgoto por estarem longe da infraestrutura urbana. “Então a gente tem de pagar para fazer o tratamento do esgoto dos banheiros usados pelos motoristas.”
Os postos Túlio não são credenciados no Ministério dos Transportes.  E ele garante que oferece para seu clientes condições melhores que as previstas na lei. “Nossos banheiros têm sistema de reconhecimento facial. Toda vez que um caminhão abastece conosco, o motorista tem direito a banhos sem custo na nossa rede durante três dias.” De acordo com ele, se o caminhoneiro quiser, ele pode tomar banho de oito em oito horas nesses três dias.
O empresário ressalta que a implantação de um posto de rodovia é um investimento muito alto. “Você vai pagar aí uns 10 a 15 milhões de reais num terreno. Depois vai gastar mais até 4 milhões para fazer uma acesso à rodovia, se for em pista dupla. E vai ter de construir uns 30 mil metros de calçada no pátio, e isso não sai menos de R$ 300 por metro”, enumera.
Na opinião do empresário e diretor da Fecombustíveis, o governo deveria oferecer algum tipo de contrapartida para os postos se tornarem PPDs, como financiamento para construção de pátios de estacionamento e acessos rodoviários.
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PB Lopes