Uma das quatro novas marcas de caminhão que estão neste momento montando redes de concessionárias no Brasil, a Foton Aumark buscar parceiros “com vocação”. É o que diz Orlando Merluzzi, vice-presidente do Conselho de Administração da empresa. Segundo ele, a chinesa só aceita candidatos a concessionários que tenham experiência com veículos ou máquinas da construção civil.
A Foton Aumark é a maior montadora do mundo em volume, “mas no Brasil é uma promessa”, segundo Merluzzi. “Por isso, não podemos exigir do concessionário um investimento igual ao de uma marca consolidada, coisa de R$ 20 milhões. Iremos crescer juntos.” A Foton já tem 22 lojas e pretende expandir para 50 até o fim do ano.
Na região Nordeste, os empresários Teotônio Vilela Neto, Luiz Carlos Pereira e Marcelo Andrade fizeram uma sociedade para representar a marca. Têm lojas em Maceió e Recife, e esperam abrir em Caruaru e Arapiraca, além de Aracaju e Itabaiana, em Sergipe. Gastarão cerca de R$ 3 milhões.
Pereira e Andrade já trabalharam em concessionárias de caminhões e têm empresa de locação de veículos. Vilela Neto atua na incorporação imobiliária, agronegócio e comunicação. “Entramos no segmento porque sabemos que a demanda de caminhões será grande nos próximos anos”, declara Vilela, que rebate qualquer sugestão contra a qualidade dos veículos chineses. “A China sabe fazer produtos de altíssima qualidade, como Iphones. Os componentes dos veículos Foton Aumark estão entre os melhores do mundo: motor Cummins, caixa de marchas ZF, eixos Dana etc.”
Segundo ele, os clientes gostam de ver que opcionais de outras marcas são itens de série em seus caminhões. “Quando o motorista vê que o caminhão tem ar, direção, ABS, defletor de ar, não quer saber onde ele foi fabricado.”
Segundo Vilela, o grupo está preparado para o pós-venda. “Teremos seis oficinas, com peças em estoque. E nossos caminhões têm três anos de garantia, o dobro da concorrência”, afirma.
Os caminhões de 6,5, de 8,5 e de 10 toneladas terão preço 10% a 15% mais baixo que a concorrência. “Somente o de 3,5 toneladas, por enquanto, será um pouco mais caro.” Vilela acredita que os preços mais baixos compensarão o fato de os caminhões Foton Aumark ainda não poderem ser financiados pelas linhas do BNDES.
Ele diz que o foco da Foton Aumark no Brasil inicialmente é o mercado de transporte de distribuição. Mas acredita que, no futuro, a empresa trará da China ou produzirá aqui os caminhões pesados.
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