O município de Itaituba, segundo seu diretor de Planejamento, Dirceu Frederico, é cortado por um rio enorme, o Tapajós, mas seus recursos são escassos – não dispõe nem de água tratada. Ele estima que, em época de safra, os terminais de transbordo da soja chegarão a movimentar duas mil carretas por dia.
“Onde vão ficar essas carretas, quais serão as condições de tráfego, haverá um entreposto?” – são perguntas que ele faz, preocupado com as respostas que elas precisarão ter.
A cidade, que tem 97 mil habitantes segundo o IBGE e 131 mil de acordo com a prefeitura, está fazendo a revisão do seu plano diretor. “Estamos negociando contrapartidas com as empresas que vão explorar os terminais de grãos. Teremos aumento de demanda no que diz respeito à saúde e à segurança pública”, diz.
O diretor afirma que o porto pode ser tanto uma solução para a cidade (vai gerar 25 mil empregos diretos e indiretos), como representar o caos, se as empresas e os governos estadual e federal não ajudarem o município.
Será preciso um grande esforço conjunto para que Miritituba não se torne mais um destino de sofrimento para os caminhoneiros.
“Onde vão ficar as carretas?”
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