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Os Chineses da Fenatran

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Sinotruk anuncia nova linha de importados

Montadora pretende antecipar instalação da fábrica no Brasil para 2012

Nelson Bortolin

As novas marcas de caminhões que estão chegando ao mercado despertaram o interesse dos visitantes da Fenatran. Para os importadores, o melhor resultado da feira foi a prospecção de grupos econômicos interessados em investir nas redes de concessionários que precisam ser estruturadas no País.

Mesmo com a possibilidade de flexibilização da alta do IPI de 30% para veículos importados, todas anunciaram planos de implantação de fábricas do Brasil. A Sinotruk diz que antecipará para 2012 sua instalação em Curitiba – onde já dispõe de um terreno de 275 mil metros quadrados – e que pretende começar a importar novos veículos da linha A7 em abril.

O diretor geral da empresa no Brasil, Joel Anderson, disse que neste ano, até setembro, foram emplacados 650 Sinotruk. A intenção para 2012, com a linha A7, é chegar a 2.200.

Com motores Sinotruk D12 de 420 a 460 cavalos, e já adaptados à norma Euro 5 com tecnologia SCR, serão três novos modelos do A7 com opções 4×2, 6×2 e 6×4.

Segundo a empresa, os caminhões vêm com transmissão manual ou automatizada e sistema que alia ABS, ASR (antideslizamento), EBL (distribuição eletrônica das forças de frenagem) e TPM (monitor de pressão dos pneus).

A Elecsonic (Sinotruk Brasil) tem sede em Campina Grande do Sul (PR) e iniciou as operações no País em dezembro de 2008. Tem 42 concessionárias. Segundo Anderson, quando o IPI de 30% entrar em vigor, em 16 de dezembro, parte desse custo a mais será compartilhada entre a Sinotruk Brasil, a matriz chinesa e a rede de concessionários. “Na ponta devemos aumentar os preços em torno de 12%”, anunciou.

Se o governo mantiver a política de proteção à indústria nacional pelos próximos anos, a montadora não se livrará imediatamente do imposto mais alto, mesmo com a fábrica no Brasil, já que ela será implantada no sistema CKD, ou seja, com a montagem no Brasil de kits ou partes vindos da matriz chinesa. “É difícil imaginar que uma montadora possa se instalar com 65% de nacionalização”, afirmou.

Foton também pretende produzir no País

Serão 80 revendas até 2016

Tendo à sua frente Luiz Carlos Mendonça de Barros, que foi ministro das Comunicações e presidente do BNDES no governo Fernando Henrique Cardoso, a Foton Aumark do Brasil apresentou na Fenatran os três modelos de caminhão que começa a importar da China.

Inicialmente, a empresa irá trabalhar com os modelos da Linha Aumark – um semileve, com 3,5 toneladas, e dois leves, com 6,5 e 8,5 toneladas, equipados com mo-tores Cummins ISF 2,8 e ISF 3,8. Os diretores da importadora também anunciaram planos para instalação de fábrica no Brasil em 2014, em local a ser definido.

A sede da Foton Aumark fica em Várzea Paulista, interior de São Paulo, onde também vai funcionar sua primeira concessionária. Depois serão abertas duas lojas, uma na Anchieta e outra em Guarulhos, perto da capital. De acordo com os diretores, as três começam a atender no início de 2012.

O presidente da companhia anunciou objetivos ousados em curto prazo. Pretende vender 200 caminhões ainda neste ano e dois mil em 2012. E ter 15% de participação no mercado de leves até 2015. Em março de 2016, a empresa diz que a rede já contará com 80 lojas.

Pensando na utilização de motores Euro 5, a empresa está se comprometendo a  fornecer em comodato para grandes clientes tanques abastecidos com o novo diesel S50. E se diz tranquila com esta questão até porque o Diesel Podium, já disponível na rede Petrobras, tem características muito parecidas com o combustível que será exigido para os novos motores.

Quanto a facilidades de financiamento, Mendonça de Barros disse que está buscando um linha de fundo de recebíveis junto a bancos chineses que já estão se instalando no Brasil.

Caminhões Schacman chegam em janeiro

São três cavalos mecânicos e dois caminhões-chassi

A chinesa Schacman apresentou na Fenatran os cinco caminhões que começa a vender em sete lojas em janeiro. Até o final de 2012, a empresa pretende estar em 28 cidades brasileiras.

Os modelos são três cavalos mecânicos e dois caminhões-chassi. Segundo a Schacman, seu carro-chefe será o TT 420 6×4, indicado para tracionar CVCs. Há ainda as opções de cavalo TT 385 6×4 e TT 385 4×2.

Na linha de caminhões-chassi, a empresa trará o LT 385 6×4 – LorryTruck (cabina e chassi) e o DT 385 6×4 – DumpTruck (basculante). Eles também poderão ser adquiridos na opção de 420 cavalos.

Os veículos têm motores Cummins (Euro 5), caixas de transmissão da Fast, com tecnologia Eaton Fuller, e eixos e cabine MAN. De acordo com a Schacman, 70% dos componentes desses caminhões já são vendidos por outras marcas no Brasil.

Segundo o diretor comercial, João Capussi, a meta da empresa é vender mil veículos até o final de 2012. “Depois, pretendemos alcançar uma participação superior a 3% do mercado brasileiro em três anos”, afirma.

 

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