As tarifas de pedágio no Brasil subiram até 71% acima da inflação desde a primeira etapa de concessões feitas pelo governo federal na década de 1990. A conclusão é de um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta manhã (19).
Quando foi concedido à CRT, em setembro de 1996, o trecho da BR 116 no Rio de Janeiro tinha tarifa inicial de R$ 2,38. Em janeiro de 2011, ela estava em R$ 9,70. A inflação no período, de acordo com o IPCA, foi de 139%.
O Ipea também aponta que a tarifa média (por 100 quilômetros) nas concessões federais é de R$ 5,11, sendo R$ 9,86 da primeira etapa e R$ 2,96 da segunda. Já a das estaduais é de R$ 10,87. A tarifa média brasileira ficou em R$ 9,04, pouco acima da média internacional de R$ 8,80.
Apesar de “aparentemente” apresentar uma tarifa compatível com padrões internacionais, o instituto diz que algumas considerações devem ser feitas: “O Brasil tem por volta de 174 mil quilômetros de rodovias pavimentadas, dos quais 9% estão sob administração da iniciativa privada. Segundo o Banco Mundial, o padrão internacional é de menos de 5% da malha”.
Além disso, de acordo com o Ipea, na maioria dos países, as concessões visaram à construção de autopistas, enquanto no Brasil buscou-se simplesmente transferir as rodovias anteriormente construídas para a iniciativa privada. “O Programa de Concessões Rodoviárias no Brasil é um programa de transferência de ativos do setor público para o privado, enquanto na maioria dos outros países é um programa de criação de ativos”, diz o documento.
De acordo com o Ipea, a variação nas tarifas entre os estados (ver quadro) está relacionada com os diferentes modelos adotados. Em São Paulo, a outorga – valor que a concessionária tem de pagar ao Estado – encarece a tarifa. A vencedora da licitação é a empresa que oferecer o pedágio menor. “São Paulo imputa mais um ônus ao usuário que tem de desembolsar um recurso adicional para o Estado”, diz o estudo.
No Paraná e no Rio Grande do Sul, quem leva o certame é a concessionária que propõe o maior programa de conservação em quilômetros. Já no Rio de Janeiro, a situação é considera a pior do ponto de vista do usuário, pois a vencedora é aquela que oferece o maior valor de outorga para o Estado.
O estudo ainda aponta que, de 2003 a 2011, o valor investido por quilômetro nas rodovias concedidas passou de R$ 160 mil/km para R$ 254 mil/km, crescimento de 59%. Já nas federais, saiu de R$ 25 mil/km para R$ 177 mil/km – incremento de 608%.
4 Comentários
Infelizmente uma vergonha, Brasil paìs dos impostos….
isso e uma palhaçada o governo esta transfirindo a sua responsabilidade para nos mas; os impostos continua abusivos mas nos brasileiros somos todos passivo e aceita tudo numa boa mesmo
SÓ NÃO SOBE O VALOR DO FRETE PARA O AUTONOMO.
PEDAGIO EU ACHO QUE É UN MAL NESSESSARIO POQUE SE UZASEN O DINHEIRO QUE ÉRA PARA A MANUTENÇÃO DAS ESTRADAS NAS ESTRADAS NÃO PRECIZAVA PEDAGIO MAS SE FOSE UN PREÇO JUSTO DO PEDAGIO EU ATÉ CONCORDAVA MAS CON ESSES ABUZOS DE PREÇOS QUE EXISTE NINGUEN PAGA PEDAGIO CONTENTE É IGUAL A CPMF QUE FOI CRIADO PARA A SAUDE E O POVO PAGAVA DESCONTENTE