Michelin inclui entre as vantagens de seus novos pneus o fato de causarem menos problemas ao meio ambiente
Dilene Antonucci
Um pneu mais baixo e mais leve – que, por isso, permite levar maior volume e mais peso – foi lançado pela Michelin, detentora de 25% do mercado de radiais, para atender o segmento de transporte de carga e passageiros.
O 275/70 R22.5 XTE2 Série 70 é 10 cm mais baixo que os tradicionais 295 Série 80 normalmente usados em semi-reboques, além de ser 10 kg mais leve, o que, numa carreta com 13 pneus, pode representar mais 130 kg de carga.
Foram os clientes que indicaram o caminho para a Michelin. O G10, de Maringá, estava usando em seus bitrens graneleiros o 275/80, que é mais baixo, mas foi feito para uma capacidade de carga menor. O que a engenharia fez foi desenvolver o 275-70, que tem a mesma capacidade de carga que o 295 e ainda custa 10% menos.
Outra novidade da Michelin é o pneu ZXA2+ Energy na dimensão 295/80 R22.5. Anuncia-se que ele proporciona até 20% a mais de primeira vida e 35% de vida útil da carcaça que seu antecessor, graças às “Tecnologias de Durabilidade Michelin” (MDT).
Como também apresenta baixo índice de resistência à rodagem, a Michelin informa que o XZA2+ Energy reduz em até 6% o consumo de combustível em relação aos pneus radiais comuns, o que representa uma economia de três mil litros por ano para um veículo de carga pesado.
Os novos pneus são lançamentos mundiais. Reunidos, junto com pneus de passeio e para comerciais leves, sob o slogan Energia Verde Michelin, a empresa deu grande destaque para as contribuições ambientais que as novas tecnologias devem proporcionar. No caso do XZA2+ Energy, a redução do consumo de diesel pode representar menos oito toneladas de CO2 na atmosfera por ano.
A Michelin apresentou dados do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) segundo os quais até 2030 haverá um crescimento de 47% no consumo de petróleo e de 75% nas emissões de CO2 no mundo, e os custos com transporte de carga terão um aumento de 75%.