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Porto de Vitória vai exigir certificado de inspeção veicular

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EXCLUSIVO – Revista Carga Pesada

porto de vitoria carga de marmoreFoi com surpresa que caminhoneiros, empresários e dirigentes do segmento de transporte de cargas e logística do Espírito Santo receberam a notícia da obrigatoriedade de inspeção de segurança veicular para os veículos que operam no Porto de Vitória, por recomendação do Iema (Instituto Estadual de Meio Ambiente), a partir do próximo dia 22 de fevereiro.

Trata-se da Condicionante n.o 31 da Licença Ambiental de Regularização (LAR – 006/14) do Iema, que seria exigida já a partir do dia 26 de janeiro e agora foi prorrogada. O problema é que as empresas de transportes de cargas e caminhoneiros autônomos tiveram esta informação por parte da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) somente em janeiro, ou seja, sem tempo hábil para cumprir a exigência.

Além disso, não é baixo o custo de uma inspeção veicular técnica e de segurança. Segundo fontes ligadas ao segmento, considerando o cavalo e o implemento, o custo pode passar de R$ 1 mil. Isso tudo será debatido em uma reunião marcada para a próxima sexta-feira, dia 6, na sede da Codesa.

José de Araújo Silva, o China, presidente da Unicam – União Nacional dos Caminhoneiros –  confirmou presença no encontro. Em documento enviado à Codesa ele já solicitou prazo de 120 dias para que os caminhoneiros se adaptem à exigência. Mesmo assim, pondera que a quantidade de veículos sem inspeção veicular é grande e a disponibilidade de empresas credenciadas para realizar o serviço no estado é baixa.

China defende ainda uma ampla divulgação da exigência já que não apenas veículos do Espírito Santo operam no Porto de Vitória mas também originários de outros estados que não têm conhecimento da norma instituída pelo órgão ambiental do estado.

Já o Sindicato das Empresas de Transportes do Espírito Santo – Transcares – enviou à Codesa parecer jurídico e relatório em que considera ilegal a imposição por parte do Iema “apontando não ser obrigatória a submissão de qualquer veículo de carga à inspeção de segurança veicular tal qual inserido na condicionante ambiental da CODESA”. A entidade propõe um prazo de 90 dias para que seja adotada apenas a aferição da emissão de poluentes já implementada há 18 anos pelo Programa Despoluir da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) que avalia a opacidade da fumaça que sai dos escapamentos dos caminhões e expede um certificado de conformidade.

O engenheiro Rubem Melo, especialista na área de inspeção veicular e sócio da Transtech, com sede em Curitiba (PR), esclarece que a inspeção de segurança veicular, prevista no Artigo 104 do Código de Trânsito, ainda não está regulamentada no âmbito nacional. “Entretanto, entidades e empresas públicas ou privadas,normalmente aquelas que tem Sistema de Gestão de Qualidade, Segurança e Meio Ambiente implantado, podem voluntariamente exigir o Certificado para garantir as condições de segurança e/ou emissão de poluentes dos veículos dentro dos limites legais”.

Ainda segundo Melo,existe uma rede nacional de Organismos de Inspeção Acreditados pelo Inmetro, com presença em quase todos os Estados. “Mas a inspeção de toda a frota está literalmente esquecida. Existe Projeto de Lei, mas está parado”, concluiu.

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3 Comentários

  1. É só lei e mais lei .. Se não mudar a Logística Brasileira, como que o caminhoneiro vai fazer se mal está dando p/ manter sua família com esse preços de frete!!! Preços que a maioria das pessoas que não entendem do ramo de transportes acham caro… mas caro não é o frete e sim o Diesel que 55% do frete fica só no Diesel!!!! então antes das pessoas acharem que o frete está caro pense um pouco no preço do Diesel, que é uma vergonha, a Gasolina que também está uma vergonha, eles Descapitalizaram a Petrobras e ai nos que pagamos!!!!! ESSE É O BRASIL…

  2. É simples se ela esta impondo esta obrigatoriedade, ela que custei pois isto é mais um custo para o autonomo, e Empresa que não podera ser passado ao cliente ou enbarcador, pois estamos em crise, e enxugando gastos.

  3. Nos impressiona a quantidade de empresas que impõe normas e regras para nós caminhoneiros adentrar nas mesmas, e sempre sem a participação da parte afetada! É fácil impor quando o custo vem para nós que já passamos a trabalhar no limite mínimo do custo do frete. O que a categoria deve fazer é aproveitar a ida do China ´te Vitória e usas os meios de comunicação como o Carga Pesada para mostrar a insatisfação e impor as condições que nos interessa! Quero ver esse povo autoritário tirar seus produtos dos navios e do porto se os caminhoneiros não aceitar pacificamente as imposições! Nunca se vê essas empresas dar uma contrapartida e arcar com pelo menos uma parte dos custos derivados de suas exigências! Olá categoria, não aceite imposições como essas! Lute pelos seus direitos! O que sempre ocorre é os veículos que foram fabricados em épocas onde as exigências eram menores e até mesmo insistentes, não serem obrigados a cumprir norma atuais e aos novos que chegar para o serviços, só serem aceitos comas devidas observações em relação a meio ambiente. Certamente esse veículos que são mostrados nas fotos acima, terão grandes dificuldades em atender a legislação atual. Assim fica fácil, é a mesma combinação da galinha com o porco na parceria para fazer um sanduiche, a galinha entra com o ovo e o porco entra coma carne! Assim não dá!

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