Se existe uma montadora de caminhões que tem motivo de sobra para comemorar o balanço de 2013, o ano dos extrapesados, esta montadora é a Scania. Depois de fechar 2012 com 11.078 unidades vendidas, no ano passado as vendas totalizaram 17.983 unidades, um crescimento de nada menos que 80,9%.
E isso tudo apesar da turbulência causada depois da suspensão dos financiamentos pelo Finame em plena Fenatran, o salão dos transportes que aconteceu em final de outubro, e que se estendeu até o final do ano. Quase todos os caminhões comercializados hoje no país – na Scania 97% – são financiados pela linha de crédito do BNDES.
Embora não projete grande crescimento nas vendas totais de caminhões para 2014, a Scania trabalha para manter sua participação de mercado que saiu de 23,9% em 2012 para 32,2% no ano passado.
Os motivos para estes números foram apresentados na última sexta-feira em evento promovido pela empresa num oásis arborizado na grande São Paulo, a fundação Oscar Americano. Primeiro, claro, o dinheiro barato e com juros negativos (4 % ao ano em 2013) do Finame; depois a colheita recorde de grãos – que deve se repetir este ano; o aumento da renda das famílias e, consequentemente, do consumo aquecendo a demanda e as cargas industriais e até a Lei do Motorista, que normatizou períodos de descanso na jornada diária dos caminhoneiros e já teria com isso provocado a necessidade de aumento da ordem de 15 a 20% em algumas frotas.
Para completar, depois da ressaca de 2012 com a entrada dos novos motores Euro 5, os grandes frotistas voltaram a comprar em 2013. E os pequenos também, que possuem de 1 a 5 caminhões, têm crescido em importância nas vendas da Scania. Outro detalhe animador: nada menos que 70% da carteira são de novos clientes.
E os motivos para comemorar não param por aí: o modelo R 440 foi o caminhão mais vendido não apenas entre os pesados, mas também de toda a indústria. Economia e conforto foram os itens destacados pelos clientes que adquiriram 10.508 unidades sendo 44% destinados ao agronegócio e 36% para a carga industrial.
A estratégia da montadora, anunciada no último lançamento da Linha Streamline no ano passado, de aliar a venda dos caminhões a pacotes de serviços e manutenção, também saiu reforçada. As vendas de programas de manutenção cresceram 65% e a de peças 13%.
Na visão do diretor de vendas Eronildo Santos, “vivemos um novo mercado e a Scania vem se destacando por oferecer soluções de vendas de transporte de carga e de passageiros com veículos e serviços integrados que proporcionam economia de combustível, produtividade, rentabilidade e baixo custo operacional”.
Para atender as demandas provocadas pelo crescimento da frota rodante da marca, a rede de concessionários receberá investimentos de R$ 130 milhões até 2015: “Atualmente, temos 112 pontos de atendimento, que cobrem 100% do território nacional. Até 2015, chegaremos a 133 unidades”, afirma Fabio Souza, diretor de Serviços da Scania do Brasil. “Aliás, seguimos também com nosso plano de ter 100% das Casas Scania padronizadas. Alguns pontos foram reestruturados ou mudaram de endereço para melhor atendimento. Devemos ter as Casas o mais perto possível das rodovias, para facilitar e agilizar a operação do cliente”.
Para finalizar, a montadora também comemora o maior crescimento nos semipesados com a boa aceitação do modelo P310 8×2, pioneiro com o quarto eixo direto de fábrica, e que atingiu a marca de 1193 unidades vendidas de um total de 1715. Com estes números, a Scania conquistou 3,6% de participação nesta faixa de mercado e pretende chegar a 10% em cinco anos. Os veículos fora de estrada também atingiram recorde histórico de vendas. Tudo somado, o Brasil se tornou, mais uma vez, o principal mercado para a venda de caminhões, chassis de ônibus e peças da Scania no mundo.
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scania sempre scania.