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Setcepar nega melhora no Paraná

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O Paraná foi o único estado cujas estradas melhoraram quanto aos pontos críticos. Segundo o Estudo da CNT, foram encontrados apenas três desses pontos (duas quedas de barreira e uma ponte estreita). No ano anterior haviam sido nove pontos críticos.

O ano de 2022 foi justamente o primeiro em que o Paraná ficou sem pedágio, já que os contratos com as concessionárias se encerraram em novembro de 2021 e não foram renovados.

“Não houve uma melhora nas rodovias. A qualidade está longe da que tínhamos quando havia o pedágio”, conta o presidente do Setecpar, Silvio Kasnodzei. “Eu viajei na semana passada para o Norte do Paraná. Na ida eu me deparei com um buraco grande. Na volta, no dia seguinte, eu já vi o pessoal do estado tapando burro.”

Para ele o estado está cuidando das estradas como pode, mas não dá para comparar com o trabalho da iniciativa privada. “O que governo tem em disponibilidade de máquinas e de equipe é muito pequeno pela quantidade de estradas a serem atendidas.”

Além da qualidade do pavimento em si, as concessionárias ofereciam serviços bem melhores que o do governo. “Com a concessão você tinha suporte para qualquer emergência. Você tinha guincho para te apoiar. Hoje está bem complicado. Eu fico feliz que o Paraná talvez tenha sido um dos estados que menos sofreu. Poderia estar bem pior”

Questionado se no ano passado os transportadores sentiram um alívio no bolso já que não tiveram de pagar pedágio no Paraná, que tinha uma das tarifas mais caras do Brasil, ele diz que não: “O que a gente deixa de pagar para a concessionária a gente gasta em manutenção do veículo devido à piora nas estradas.”

A Revista Carga Pesada perguntou se ele está otimista com o processo de nova concessão de rodovias no Estado, que está sendo preparado pelos governos estadual e federal. Ele respondeu negativamente: “Estamos pessimistas porque o que a gente ouve é que estão querendo manter as velhas tarifas, que eram muito altas”, conta.

Quando o governador Ratinho Junior mandou suspender as cancelas de pedágio em novembro de 2021, falava-se em novas concessões com metade das tarifas que estavam vigentes até então. “Eu acho metade um exagero. Não adianta puxar tão para baixo para depois as concessionárias não realizarem as obras. Acho que pagar 30% a menos do que pagávamos está razoável”, alega.

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