No Fala Caminhoneiro desta sexta-feira, o presidente do sindicato de Ijuí (RS) explica por que ninguém pode trabalhar com valores abaixo do piso
Assim como um trabalhador não pode ganhar menos que um salário mínimo, o caminhoneiro também não pode carregar abaixo do piso mínimo estabelecido na Tabela de Fretes. A explicação é do presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Ijuí (RS) Carlos Alberto Dahmer, mais conhecido como Litti.
No Fala Caminhoneiro desta sexta-feira (1), ele responde uma dúvida do caminhoneiro capixaba Jânio Karlo Berger. Confira no vídeo.
6 Comentários
Primeiramente não é tabela. É piso mínimo de frete! Não sei até onde isso vai. Vejo constância em debates , estudos da isalog ( no meu ponto de vista o estudo pende a favor do agronegócio, basta ver histórico de atuação em outras pesquisas), mais quem realmente se privilegiou com isso foi às grandes transportadores, eles já cobravam das indústrias valores superiores ao piso antes da paralização de maio. Depois da greve eles elevaram ainda mais seus fretes às indústrias e não repassam aos autônomos. Recado para a Braskem, Gerdau, aços cearense e tantas outras indústrias. Criem uma logística dando fretes aos autônomos na mesma quantidade que os grandes transportadores. Porque o grande problema é o grande transportador que se entope de caminhão na custa do autônomo. Vejam a frota dos grandes transportadores e vejam a dos autônomos. Porque só o grande transportador pode ganhar e o pequeno não? Pensem nisso grandes indústrias. O custo de vocês vai ser muito menor dando carga aos autônomos diretamente sem ter q passar pelos grandes embarcadores.
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Olá bom dia.
Vendo a fala do Litti, é plenamente certo, como um Caminhoneiro que vive do frete vai trabalhar com um preço abaixo do Piso ou Tabela Mínima de Fretes ? Não tem Lógica essa teimosia dos Empresários do Transporte Brasileiro em não aceitarem a Tabela.
O Caminhoneiro tem um custo para manter seu caminhão, seu serviço e sua Familia para sustentar e dar estudos a seus filhos como era antigamente quantos filhos de Caminhoneiros hoje são Médicos Professores, Dentistas, Advogados, eu conheço e sou desse tempo.e a própria manutenção do veícumo.
Esse Novo Governo tem que tomar PROVIDENCIAS URGENTE, eacabar com essa resistencia dos Empresários.Eu luto desde 1982/83 por essa Tabela.
Um abraço.
Não funciona! Fui motorista durante 13 anos, sou neto, irmão e filho de caminhoneiro e não vejo a tabela sendo a solução como os sindicalistas calorosamente exigem. O que acontece a exemplo da Amaggi que não se sujeitou a pagar a tabela foi adquirir 300 caminhões para transportar o seu produto, quem tem 30 veículos passará a ter 60, será o fim do autônomo e o enriquecimento dos grandes produtores que terão frota própria. O pessoal ainda não fez as contas, empresas do sul que disputam mercado com empresas do centro-norte perderão mercado por conta do frete, a conta vai muito além da percepção do frete somente. Com certeza vai ajudar o autônomo no primeiro momento, mas em menos de um ano ele será engolido pelas grandes frotas e o que restará pra ele será trabalhar de funcionário para essas empresas que já sentem a falta de mão de obra no mercado.
O autônomo precisa acordar para não cair nessa cilada.
Sou caminheiro , tenho a seguinte visão , trabalhar no agra-negocio com frete rodoviários ,é e sempre erá uma luta , porque ? 1- baixo valor agregado do produto – 2- O trem venho a cada ano aumentando o volume de mercadoria transportada do agro-negocio – 3- onde tem grandes (gingantes )do transportes rodoviário , o pequeno não conseguirá fazer uma boa negociação sozinho – 4 – em sua grande maioria o transportador autônomo é despreparado na papelada – não emiti CTe – DAMDFE , não tem seguro de carga , não tem as vezes nem conta bancaria para receber o credito do frete. é uma peleja que só terá fim esse sofrimento com um sindicato de autônomos forte , que supra essas necessidades e o próprio sindicato tenha sua tabela de frete imposta aos sindicalizados para que só trabalhem pela tabela e horem o sindicato de sua classe
Estamos no Brasil, não há dúvida de que o brasileiro está focado em ganhar dinheiro, e muitas vezes com o sacrifício dos outros. Então estes maus brasileiros criam uma discórdia natural quando os 2 lados deveriam ter sucesso e alegria em suas relações. Porém existem brasileiros que não representam esta turma e que sofrem com a intervenção daqueles que não fazem parte das negociações, nem do esforço operacional.
O autônomo é ao mesmo tempo empregado e patrão do seu negócio, portanto como empregado merece os benefícios e garantias da lei, mas é a sua própria empresa que deve lhe proporcionar, enquanto como patrão deverá entender bem sobre investimento e retorno, para saber exatamente quanto precisa para arriscar-se a comprar um caminhão e colocá-lo no mercado. Naturalmente o contratadores de empresas que exploram este mercado viram vantagem em contratar um autônomo em vez de comprar um caminhão e colocar um empregado, do contrário manteriam a sua própria frota. É difícil prever o que acontecerá neste segmento com o uso da Tabela de Fretes Mínimos? Pode ser que as empresas invistam em frota própria, pode ser que não, é como se criássemos uma tabela de alugueis mínimos de residências, algo assim, ou seja, não combina muito com a livre iniciativa, comportamento do mercado, nem com a capacidade de cada um. O autônomo precisa impor o que é necessário para manter o seu negócio, independente da TFM, e entender que os tempos estão mudando, com maior controle do Estado sobre as operações de transportes de cargas, através de CT-es, DANFEs, Seguros, CIOTs, etc., com o aumento das linhas de trem e com as mudanças futuras nos meios de transponde deste país. Não acredito em Sindicatos fortes que imponham uma condição a quem paga, mas acredito em agremiações e cooperativas, que possuem muito mais força, sem assustar os que pagam fretes de canetada.