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Transportadora paulista retoma nível de atividade de antes da crise

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Gran Cargo acredita que vai fechar o mês de junho com números iguais aos do período pré-pandemia

Nelson Bortolin

Depois de uma queda de 49% no faturamento verificada na primeira semana de quarentena, em março, a Gran Cargo, transportadora paulista especializada em carga fracionada, deve fechar o mês de junho com números iguais aos do período pré-pandemia. É o que informa à Revista Carga Pesada o diretor da empresa, Evandro Ferrari.

“Sofremos bastante nas primeiras semanas, quando os governos começaram a tomar medidas restritivas”, afirma. E o sofrimento não foi só financeiro. Ele teve Covid-19, mas se recuperou, assim como cerca de 20 colaboradores da transportadora. Felizmente, ninguém desenvolveu a forma grave da doença e não precisou ficar internado.

“Tivemos uma queda na receita de 49% na primeira semana. Na segunda semana, foram mais 7% e, na terceira, mais 3%”, conta.

Na última semana de maio e na primeira de junho, segundo o empresário, houve uma forte recuperação. “Estamos praticamente com os números pré-pandemia.”

A empresa, que tem uma frota própria de 30 veículos, transporta cargas “não controladas e não químicas” de São Paulo para Minas Gerais, Centro-Oeste e Norte do País. “São cargas como autopeças, brinquedos, produtos alimentícios, de utilidade doméstica, e-commerce de modo geral. material pet. A gente abastece comércio e cliente finais”, explica.

Veja entrevista no vídeo:

Apesar das projeções de queda no Produto Interno Bruto (PIB), que chegam até 10%, Ferrari está bastante otimista quanto à economia brasileira no segundo semestre. “Acredito que vamos ter surpresa ainda neste ano. Vamos ter um segundo semestre que vai surpreender.”

Na visão do diretor, a economia brasileira é forte o suficiente para compensar a crise política. Ele critica o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e, principalmente, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB). “As pessoas são eleitas e a gente espera delas boas decisões, mas não é isso que a gente viu principalmente em São Paulo. Foram decisões desastrosas”, diz ele, se referindo à condução da pandemia pelo governo estadual.

Segundo o empresário, Dória é arrogante, vaidoso e não assume as decisões erradas que toma.
Ferrai diz que sempre foi apoiador de Bolsonaro e avalia o presidente como uma pessoa “bruta”, mas “bem intencionada”. “Mas entendo que ele não tem sido um bom capitão para o nosso transatlântico”, declara. Para o diretor, faltou uma coordenação nacional para enfrentar a pandemia.

O empresário também é bastante crítico em relação à postura da imprensa. “Os nossos canais de comunicação praticamente jorram sangue”, diz ele, que evita acompanhar o noticiário aos finais de semana para não se contaminar com o “pessimismo”.

Para Ferrari, a imprensa mostra um “nível de desgraça maior do que de fato é a pandemia”. Apesar disso, alega que não subestima a doença e conta que houve um surto de Covid-19 na própria empresa. “Tivemos quase 20 contaminados, inclusive eu, mas graças a Deus não houve nenhum caso grave, nenhum internamento.”

Veja mais no vídeo:

Entre tocos, trucks e bitrucks, a Gran Cargo tem uma frota de 30 caminhões de várias marcas, mas, segundo o diretor, está buscando fidelizá-la em apenas duas: Mercedes-Benz, para a atividade de transferência, e Volkswagen, para a distribuição. Ele conta que a Scania é uma opção “muito boa” para as rotas longas. Mas considera que a nova geração de caminhões da marca sueca trouxe preços muito altos. “Ficaram fora da nossa realidade”, declara.

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PB Lopes