Segundo a Fenabrave, foram vendidos 8.489 veículos no mês passado e, no acumulado, são 29.866
Nelson Bortolin
Com mais 8.489 caminhões vendidos em abril (crescimento de 11,2% em relação a março), o mercado de caminhões novos chegou a 29.866 no acumulado do ano o que representa um crescimento de 43% na comparação com o mesmo período de 2018. Os números são da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) e foram divulgados nesta quinta-feira (2).
Felipe Haas, gerente da P.B. Lopes, concessionária Scania em Londrina, confirma um crescimento nas vendas de caminhões no patamar apontado pela Fenabrave. “Temos um aumento importante em relação ao mesmo período do ano passado. E achamos que no segundo semestre vamos crescer ainda mais”, afirma.
A movimentação do milho, que deve ter seu pico em julho, e da soja que ainda não foi exportada vai demandar mais caminhões pesados, segundo ele. O gerente conta que o agronegócio é responsável por metade do mercado de caminhões na região. De acordo com Haas, os transportadores estão agora renovando a frota adquirida há “cinco ou seis anos”, quando o mercado de caminhões encerrava um ciclo de superaquecimento devido às condições favoráveis de crédito oferecidas nos governos do PT, por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
De 2008 a 2014, foram vendidos mais de 100 mil caminhões por ano no País. Em 2011, houve o ápice de 172,6 mil unidades emplacadas. O mercado desabou de 2014 – quando houve 137 mil emplacamentos – para 2015, com apenas 71,7 mil. Uma superoferta de veículos de carga justamente no início da crise econômica jogou os fretes para baixo prejudicando fortemente o setor de transporte. “Tivemos aquele boom há cinco, seis anos, agora o mercado está se equilibrando entre oferta e demanda”, diz o gerente.