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É preciso centralizar a carga o máximo possível

DAF - Oportunidade 2024
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Após a ocorrência de um acidente com um caminhão que transportava bobinas, o engenheiro Rubem Penteado de Melo, da TRS Engenharia, escreveu um artigo sobre o fato de que a estabilidade de um veículo é afetada pelo peso da carga sobre a carroceria e pela posição do seu centro de gravidade.

A carreta acidentada carregava três bobinas, sendo que a mais pesada estava na parte traseira. Leia o artigo:

Qual a melhor posição da carga sobre o semirreboque?

A estabilidade de um veículo é afetada pelo peso da carga sobre a carroceria e pela posição do seu centro de gravidade, itens fundamentais para garantir a distribuição correta e evitar o excesso de peso. Mas, a dinâmica desses veículos também é afetada pelas distâncias das massas ao centro da carroceria.

Observe nas imagens a seguir, que todos os reboques, carregados com a mesma lotação, estão com a mesma distribuição de peso entre o engate (P1) e o eixo (P2).

Embora os pesos sejam os mesmos, a dinâmica entre eles é bem diferente. Se tentar “torcer” o reboque como indicado nas setas da figura a seguir, qual seria mais fácil de mover? E, mais importante, uma vez que comece a torcer, para qual reboque seria mais fácil parar o movimento e retornar à posição “normal”?

Esse é o conceito físico chamado de inércia rotacional. Se os pesos estão nas extremidades da carroceria do reboque, é muito mais difícil retornar de uma torção provocada pela rodovia, como, por exemplo, quando os pneus caem no acostamento com desnível acentuado. Assim, se tivermos uma carga mais central, ela sempre terá uma inércia rotacional menor e se estabilizará mais rapidamente.

Durante a viagem de fato ocorrem forças que podem causar esses movimentos de torção. Por isso é importante tornar “mais fácil” para o reboque o seu retorno à estabilidade. Quanto maior a inércia rotacional (com os pesos distantes do centro da carroceria – na figura acima – da esquerda) mais difícil para o reboque “retornar ao normal”.

Por que isso é importante no transporte de cargas?

– Porque alguns segmentos, como o transporte de bobinas de aço, enfrentam esse dilema: posicionar corretamente as bobinas para garantir a distribuição de peso e ao mesmo tempo garantir a estabilidade do conjunto.

– É claro que o posicionamento das bobinas deve observar, além do peso correto entre os eixos do conjunto, que o limite do peso concentrado no chassi seja respeitado para evitar deformações, trincas ou o colapso da estrutura;

– Mas, na medida do possível, deve-se priorizar o peso maior em direção ao centro do reboque, pois diminui a inércia rotacional e o reboque se torna “mais estável”.

O centro de gravidade mais baixo também melhora significativamente a estabilidade desses conjuntos, por isso o tipo do chassi (reto ou rebaixado) e as dimensões do cocho/berço e da bobina são fatores que também influenciam fortemente a segurança desse tipo de transporte.

Esses fatores tornam o transporte siderúrgico, via de regra, mais complexo quando comparado com outros tipos de cargas à granel, por exemplo. Embora muitos “players” desconheçam essas particularidades.

Como diz o ditado da Engenharia: “O diabo mora nos detalhes”.

Manual de amarração

A amarração de carga é uma preocupação do transporte de carga no Brasil. E também da Revista Carga Pesada, que já editou um livro sobre o assunto em parceira com o engenheiro Rubem Melo.

Veja abaixo: 

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PB Lopes