Criar uma associação foi a saída que autônomos de Sertanópolis (PR), a 50 km de Londrina, encontraram para disputar mercado no atual cenário do transporte de carga. Segundo Eli Anderson Zubio Zacarias (foto), presidente da ATS, a tendência é que as grandes empresas renovem cada vez mais suas frotas e terceirizem menos. “As empresas são beneficiadas na hora de comprar caminhões novos, têm melhores linhas de crédito e formam frota própria. Esse negócio de agregado vai acabar”, ele acha.
A ATS reúne 35 sócios que possuem 105 caminhões. A associação transporta produtos variados: de farinha a combustível. Segundo Zacarias, o associativismo vem se mostrando uma saída interessante. “Juntos, a gente consegue tirar um lote grande numa fazenda do Mato Grosso e puxar tudo. Sozinhos, não conseguíamos.”
Ele alega que os autônomos de Sertanópolis vinham perdendo espaço junto a uma fábrica de farinha na região. “Com a associação, a gente tem conseguido pegar os fretes no lugar do pessoal de fora.”
Outra vantagem apontada por ele é a redução de custos. “Esses dias, fizemos uma compra de 120 pneus e economizamos R$ 120 em cada um. Também na ressolagem, que a gente pagava R$ 330 pelo serviço, hoje estamos pagando R$ 280.”