DAF - Oportunidade 2024

Novos Cargo na moita

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Vêm aí os caminhões Cargo leito, com carroceria turca. Três de uma vez. Estão “tomando forma” no campo de provas de Tatuí. Mas, por enquanto, é tudo segredo

Luciano Alves Pereira

O ano de 1985 foi memorável para a Ford no Brasil: a montadora introduziu a linha Cargo. Na equipe “de transição” estava o alemão Hans Wilhelm, gerente de vendas e de marketing da Ford Caminhões, e seu objetivo era “arrancar 30% de participação da Mercedes”. Mas havia pedras no caminho: as 150 casas autorizadas a vender o Cargo e assisti-lo em oficinas divididas com automóveis Escort, Verona e até Galaxie.

Wilhelm esperava muito de uns 88 concessionários, que prometiam ser exclusivos de caminhões. Mas a turma não confirmou o compromisso, Wilhelm saiu – não por isso – e a deficiência continuou lá, para cair mais tarde na mesa do então diretor de caminhões, Flávio Padovan. Ele também se esforçou para angariar interessados em montar revendas exclusivas de caminhões, mas o nó era brabo. A Ford levou 20 anos para montar uma malha de exclusivos em cargueiros, cujo festivo número de 110 só foi alcançado em 2008.

MAIS 15% − Agora, a Ford se lança em outra mudança. Após amargar por décadas o fato de não oferecer modelos com cabine leito, decidiu investir no quesito, com o apoio de sua fábrica da Turquia. Notícias do campo de provas de Tatuí dão conta de que protótipos do novo Cargo já andam por lá. Os planos não se limitam à cabine leito na linha pesada. Segundo fontes, surgirá uma família de caminhões: as cabines dos modelos acima de oito toneladas de PBT serão substituídas. Teremos o Cargo turcão, o turquinho (médio) e o turco (semipesado). Todos com cabines curtas (day-cabs) ou leito. Lataria turca, grade e para-choque brasileiros.

Outras mudanças serão na embreagem, câmbio e parte elétrica. Novos fornecedores à vista. Lâmpadas serão substituídas por LEDs – menos os faróis. Os motores continuam os Cummins de quatro e seis cilindros.

Por último, o preço. A futura geração ‘turca’ da Ford terá um custo de fabricação 15% mais alto, garante nossa fonte. Isso irá parar no preço final, comprometendo, em parte, o jeito da família Ford de tocar o negócio de caminhões, com preços fortemente competitivos.

Mas a Ford vai bem. Suas vendas encolheram só um pouquinho (2%) no ano passado, comparando com 2008. Só a Scania teve melhor desempenho.

O horizonte para a Ford está bonito. Nele se vê, pronta, a estrada pavimentada por onde passará a geração ‘turca’. Com as bênçãos de Alá.

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