DAF - Oportunidade 2024

Para ver o futuro, consulte o retrovisor

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Este ano ficará marcado como o começo do fim dos espelhos retrovisores. A Mercedes-Benz é a autora da ousadia, mas não a única. Ousadia, sim, porque os sucessores da visão indireta à ré tem de ser à prova de falhas

 Luciano Alves Pereira

O tosco espelhinho que viabiliza a condução ‘cada qual na sua’ tem mais de cem anos de bons serviços em prol da segurança e um sem número de vidas salvas. A modernidade de 2018 propõe sua substituição. Duas telas de 15 polegadas fixadas na parte interna do recorte das portas têm resolução de 720 x 1.920 pixels. Fechados os vidros, os recém-nomeados mirrorcams, claro, ficam do lado de dentro da cabine.

Interessante é como os dois mínimos pedaços de vidro espelhados tenham provocado tanta atenção, sem falar na possível polêmica que há de vir.  A grosso modo, eles ganharam intenso desenvolvimento de design e resolveram bem as funções a que foram destinados, tanto em movimento livre quanto em manobras. No entanto, os túneis de vento mostraram que tais ‘coisiquinhas’ seguram o bichão, levando-o a consumir mais combustível. Uns falam em 2%, outros vão além. No seu lugar, a proposta é de duas delgadas protuberâncias. Elas excedem a largura do veículo. Ali estão alojadas as câmeras, aliás as mirrorcams. Instalados os respectivos circuitos, fica fácil a ampliação do sistema, o qual pode e deve ficar vigilante mesmo com o bruto parado.

A revista Entrevias, de Betim (MG),  lembrou que “o chamado MirrorCam é útil não somente durante a condução – quando estiver descansando, o motorista poderá verificar a área ao redor com o toque de um botão perto de sua cama. O sistema funciona mesmo se o caminhão estiver desligado”.

O oportuno registro da revista ressalta a possibilidade de o condutor ficar de olho no entorno do caminhão, enquanto, quem sabe, precisar pernoitar em local inseguro. Sem dúvida, isso é ótimo. Mas é à prova de falhas? E como confiar na sua interface com o circuito da carreta?  Dispõe de fiação dupla, tripla? No futuro, tais questões podem ganhar apaixonadas discussões e até chegar aos tribunais. Alegação: apagou na hora de alguma ultrapassagem, por exemplo, e deu-se o abalroamento. Como suporte, outros avanços tecnológicos têm de estar ativos em paralelo. Quando as autoridades de trânsito tiverem de aprovar ‘a coisa nova’, o mundo caminhonesco ficará sabendo.

Veja mais detalhes sobre este assunto na edição de novembro  da Revista Carga Pesada no link abaixo:

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