Painel da CNT mostra que o mercado de trabalho reagiu no mês de junho, concentrando as perdas em abril e maio
Nelson Bortolin
O transporte rodoviário de carga fez 197.441 contratações e 202.594 demissões no primeiro semestre deste ano . Ou seja, foram fechados 5.113 postos de trabalho no setor de janeiro a junho. Os números são do Painel do Emprego no Transporte, iniciativa lançada nesta quinta-feira (19) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).
Mas o saldo negativo de vagas não se deu em todo o País. Em Mato Grosso (1.807), Goiás (1.673), São Paulo (1.616), Mato Grosso do Sul (815), Pará (366), Rondônia (216), Tocantins (130), Maranhão (57) e Acre (5), o setor fez mais contratações que demissões, gerando saldos positivos de vagas.
Os Estados que cortaram mais postos de trabalho no TRC foram Rio de Janeiro (-3.810), Rio Grande do Sul (-1.891) e Espírito Santo (-1.364).
O desemprego no setor em todo o País ficou concentrado em dois meses: abril (-12.700 vagas) e maio (-8.451). Em junho, o mercado de trabalho já havia reagido, com um saldo positivo de 2.819 postos vagas.
TODOS SETORES
Segundo a CNT, o painel utiliza os números do Novo Caged (Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia. E traz também dados separados dos outros modais de transporte.
De modal geral, no primeiro semestre de 2020, o transporte acumulou perda de 56.584 empregos. O transporte urbano de passageiros (-27.697) e o transporte rodoviário de passageiros (-21.936) sofreram mais que o transporte rodoviário de carga.
A economia brasileira como um todo perdeu 1,198 milhão de empregos no primeiro semestre. Foram 6,718 milhões de contratações e 7.916 milhões de demissões.